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Fado Alexandrino do Armandinho

Fado em modo maior, que como todos os fados Alexandrinos, assim chamados em homenagem ao poeta francês Alexandre Berné, tem como característica ser cantado com versos em quadras de 12 sílabas, e com a particularidade do cantador se antecipar ligeiramente à música! Os fados Alexandrinos, são considerados fados da 1ª geração ou, como diz o "expert" na matéria Dr. Nuno de Siqueira, da 1ª geração e 1/2...!

É um transporte de Variações em LÁ para Guitarra portuguesa, da autoria do saudoso guitarrista Armando Augusto Salgado Freire, que ficou popularizado como Armandinho; daí, o nome deste fado.


 

Pequena biografia do compositor:

Armando Augusto Freire                                                                                       Armandinho

Armando Augusto Salgado Freire, nasceu em Lisboa em 1891, no Pátio

dos Quintalinhos, ali às Escolas Gerais, bem junto do Bairro de Alfama,

tendo vivido bem de perto os anos da grande popularização do Fado.

Faleceu também em Lisboa, em 1947.
 


Pequena biografia do intérprete:


                                                                                                              Maria do Rosário Bettencourt

Maria da Graça da Rocha Vieira, de seu nome, nasceu em Lisboa

em  1933, tendo adoptado o nome artístico de Maria do Rosário

Bettencourt. Fez a sua estreia na antiga Emissora Nacional.

Por enquanto não me é possível disponibilizar mais informação

sobre esta cantadeira; contudo, como já deixei claro noutras

situações idênticas, a pesquisa continua e, logo que possível,

esta informação será actualizada!

Fado Alexandrino do Armandinho



​Contemplo o Que Não Vejo

Letra:                Fernando Pessoa

Música:             Armandinho

Intérprete:        Maria do Rosário Bettencourt

Contemplo o que não vejo

Contemplo o que não vejo,

é tarde, é quase escuro,
E quanto em mim desejo,

está parado ante o muro...!
 

Por cima o céu é grande,

sinto árvores além;
Embora o vento abrande,

há folhas em vaivém...!

Tudo é do outro lado,

no que há e no que penso,
Nem há ramo agitado,

que o céu não seja imenso...!
 

Confunde-se o que existe,

com o que durmo e sou.
Não sinto, não sou triste,

mas triste é o que estou...!

Intérprete:  Maria do Rosário Bettencourt
Título:   Contemplo o que não vejo
Autor da Letra:            Fernando Pessoa
Autor da Música:         Armandinho
Guitarra Portuguesa:  José Pracana
Viola:                            António Salsa
Data da 1ª edição:  1970

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