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Fado Alfacinha

Fado da 3ª geração, misto quanto ao modo ( menor / maior ), e bem alegre!

Desconhece-se a origem do nome deste fado; contudo, consta que terá adquirido o nome dos versos compostos por António Feijó Teixeira, com o mesmo nome! Prometo continuar a investigar e atualizar esta informação.

Foi composto pelo grande músico do Fado, Jaime Tiago dos Santos .

                                                                                                                                                    

​                                                                                                                           

Pequena biografia do autor:                                                                                   

                                                                                                        Jaime Santos                                  

Jaime Tiago dos Santos, de seu verdadeiro nome Tiago dos Santos, nasceu em 

Lisboa,na freguesia de Santa Engrácia, em 01 de Junho de 1909, tendo falecido

também em Lisboa, em 04 de Julho de1982. Descendente de uma família com

tradições fadistas e vocação musical  ( o seu avô materno, de nome Manuel dos

Santos “O jardineiro” , tocava guitarra e cantava Fado e, um seu tio, consta que

era um excelente cantador ).

Ainda muito jovem, com cinco ou seis anos apenas, pegou numa velha guitarra,

e em ação espontânea, dedilhou as cordas do instrumento que o tornaria famoso.

Aos 12 anos, inicia-se no trabalho como aprendiz de marceneiro, altura em que

já  tocava viola, bandolim e violino. Porém, seria a viola o instrumento que, mais

o entusiasmou, e ao qual sededicou no inicio da sua carreira de instrumentista, na qual acompanhou, entre outros, os guitarristas Bento Camacho, Fernando de Freitas, Gonçalves Dias e José Marques ( Piscalarete ) . Um pouco às escondidas, começou a aprender a tocar guitarra! Consta, que o grande empurrão é dado pelo já referido Bento Camacho, que durante uma visita de Jaime Santos a sua casa, e como aquele se demorasse a preparar para irem trabalhar, apanha Jaime Santos a tocar a sua guitarra! Logo aí, e embora não consiga que ele largue a viola, Bento Camacho desafia-o a tocar guitarra, tarefa em que recebe a preciosa ajuda do violista Georgino de Sousa,

Casou com Ofélia, uma das filhas de Georgino de Sousa, violista de Armandinho, tendo sido este quem o incentivou a trocar a viola pela guitarra e o lançou como guitarrista, integrando-o no seu conjunto de guitarras e violas (1937/1938).

É também Georgino de Sousa, que fez com que ele passasse a ser conhecido como Jaime Santos, correspondendo à vontade que Tiago exprimia frequentemente de gostar de se chamar Jaime em vez de Tiago.

Nos dois anos seguintes, junta-se com o violista Miguel Ramos, atuando no Café Luso, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

No ano seguinte, O Retiro da Severa, onde já atuava Armandinho, contrata Jaime Santos! Logo aí se gerou uma tentativa de criar uma rivalidade entre eles! O empresário José Jorge Soreano, promove um confronto público entre os dois com honras de publicidade nos jornais! O tiro saiu-lhes pela culatra, pois ambos rejeitaram a proposta e ambos se despediram da casa onde deveria ter lugar o referido confronto, o Retiro da Severa, tendo saído de braço dado! Assim nasceu uma enorme e sólida amizade.

Em 1944, integra o Conjunto Português de Guitarras, de Martinho d' Assunção, de que também faziam parte, além deste, António Couto e Alberto Correia; em 1945 esses mesmos elementos, decidem formar o Conjunto Típico de Guitarras.

Acompanhou Amália Rodrigues ( período que com algumas interrupções, se prolongou até 1955 ), tendo participado com ela em inúmeros espetáculos quer em Portugal quer no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, França, Estados Unidos e México.

Participou no filme “Fado - História Duma Cantadeira” (1947) e ainda nas curtas-metragens de Augusto Fraga sobre temas de fados, filmadas no mesmo ano; em 1954, tem uma intervenção no filme “Les Amants du Tage” na companhia de Santos Moreira.

Fez digressões pelos antigos territórios portugueses da África e pela República da África do Sul, acompanhando Alberto Ribeiro.

Em 1960, com o violista Américo Silva, acompanhou à Holanda a artista Clara de Ovar e, em 1961, foi para Paris durante um ano, atuar na casa típica “O Fado”, de que Clara de Ovar era proprietária.

A partir de 1963, como bom marceneiro, começou a construir e a tocar os seus próprios instrumentos.

Autor das músicas de considerável número de fados ( com letras de diferentes poetas), das quais apresentaremos exemplos, Jaime Santos compôs também diversas variações,

Jaime Santos, foi dos guitarristas que nos deixou um vasto espólio da sua arte, nas imensas gravações fonográficas que nos deixou, sendo o “inventor” das "unhas postiças" , como alternativa às unhas naturais, por questões de resistência e sonoridade, tornando-se numa característica indispensável a todos os guitarristas, até aos dias de hoje.

Seleção de fontes de informação:

http://www.g-sat.net/todos-os-fados-de-a-a-z-historia-2128/fado-alfacinha-218275.html

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Fado Alfacinha

Fado Alfacinha
Letra:               António Feijó Teixeira
Música:            Jaime Tiago dos Santos
Repertório:        Amália Rodrigues                 

 

 

 

Faz da noite confidente,
A noite é sempre calada,  (bis)
Escuta o que diz a gente,
E nunca repete nada!  (bis)

 

Teus olhos são passarinhos,
Que ainda não podem voar,  (bis)
Cuidado, que andam aos ninhos,
Os rapazes do lugar!  (bis)

 


Teus olhos, quem é que, ao vê-los
Tão doces na tua face,  (bis)
Não lhe apetece comê-los,
Como dois olhos d´ alface!  (bis)

 


O Fado tem tal encanto,  (bis)
É diverso em cada hora,
Suspira guitarra, chora,  (bis)
Cada hora tem seu pranto

Intérprete  Amália Rodrigues
Título  Fado Alfacinha
Autor da Letra  António Feijó Teixeira
Autor da Música  Jaime Tiago dos Santos
Guitarra Portuguesa  Domingos Camarinha
Viola  Santos Moreira
Data da 1ª edição  1957

​Pequena biografia da intérprete:

​                                                                                                                                      Amália Rodrigues

Amália da Piedade Rebordão Rodrigues, nasceu em Lisboa em 23 de Julho

(ou 1 de Julho de 1920) e faleceu também em Lisboa, na sua casa na Rua

de São Bento, em 6 de Outubro de 1999.

Foi uma fadista, cantora, actriz e poetisa portuguesa, considerada o exemplo

máximo do Fado, frequentemente aclamada como a voz de Portugal e uma

das mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão

Nacional, entre os portugueses ilustres.

Seleção de fontes de informação:

http://www.g-sat.net/todos-os-fados-de-a-a-z-historia-2128/fado-alfacinha-218275.html

2010 - present

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