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Fado Manel Maria

Ovelha Negra
Letra:        João Dias
Música:     Manuel Maria Rodrigues Marques
Intérprete: António Melo Correia


 


Chamaram-me ovelha negra
Por não aceitar a regra
De ser coisa, em vez de ser;
 

Rasguei o manto do mito
E pedi mais infinito
Na urgência de viver

 

 

Caminhei vales e rios
Passei fomes, passei frios
Bebi água dos meus olhos
 

Comi raízes de dor
Doeu-me o corpo d'amor
Em leitos feitos de escolhos

Cansei as mãos e os braços
Em negativos abraços
De que a alma, foi ausente
 

Do sangue das minhas veias
Ofereci taças bem cheias
Á sede de toda a gente

Arranquei com os meus dedos
Migalhas de grãos, segredos
Da terra, escassa de pão
 

E foi por mim que viveu
A alma que Deus me deu
Num corpo feito razão

 

 

​Pequena biografia do autor:

                                                                                                                                  António Melo Correia

Fadista que aparece nos anos 60, com uma forma e um estilo muito próprio de

cantar o Fado.
Aparecia e cantava nos locais onde acontecia Fado, boémio e bem-disposto,

pela sua simpatia e cortesia tinha facilidade em fazer amigos.

 

Penso que a sua estreia como profissional, foi pela mão de João Ferreira Rosa,

que o contratou para atuar no Embuçado. Mais tarde foi um dos sócios fundadores do Sr. Vinho, conjuntamente com José Luís Gordo e Maria da Fé.

Gravou alguns EP, mas a sua carreira acabou por ser curta, pois um trágico acontecimento, levou a que viesse a falecer prematuramente.

 

 

Seleção de Fontes de informação:
 

http://www.portaldofado.net/content/view/2486/327/

 

 

Última atualização: Junho/2011 

Manuel Maria Rodrigues Marques - Fadista - (1855-1936)

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