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Fado Vianinha

Fragata
Letra:              Luísa Bivar
Música:           Francisco Viana
Intérprete:        João Ferreira Rosa

 

 

 


A minha fragata é minha
Não pertence a mais ninguém (bis)

​Gastei nela quanto tinha
E fiz-me ao mar sem vintém (bis)

 

 

 


Eu levo tudo comigo
Em terra, não fica nada (bis)

​Levo Deus, que é meu amigo
Levo flores, levo alvorada (bis)

 

 

 


Há quem diga que as saudades
Foi em terra que as deixei (bis)

​Mas juro, são falsidades
Que as que trago só eu sei (bis)

 

 

 


Juntei-as em meu redor
Como um nó que não desata(bis)

​Vão comigo p'ra onde eu for
Dentro da minha fragata (bis)

​Pequena biografia do intérprete:

​                                                                                                                                     João Ferreira Rosa

João Ferreira Rosa é um dos maiores expoentes do fado tradicional ainda vivos.

Monárquico e tradicionalista, seus fados falam da nostalgia de um Portugal já

esquecido...

O seu fado mais conhecido será, sem sombra de duvida, o Fado do Embuçado.

Composição singular com música do Fado Tradição da cantadeira Alcídia

Rodrigues e letra de Gabriel de Oliveira, que é incontornável em qualquer noite

ou tertúlia fadista.

O tema mais uma vez é o tempo de antigamente e uma curiosa história de um "embuçado" (disfarçado com capote) que todas as noites ia ouvir cantar fados, tendo um dia sido desafiado a revelar-se, eis que se descobre que o embuçado era o Rei de Portugal que após o beija-mão real cantou o fado entre o povo.

Em 1965 adquire um espaço, no Beco dos Cortumes, em Alfama, a que chamou a Taverna do Embuçado, que abrindo no ano seguinte, viria a marcar toda uma era do Fado ao longo dos 20 anos que se seguiram, até que Ferreira Rosa deixa a gestão nos anos 80. O espaço, contudo, ainda hoje existe.

Nos anos 60 adquire ainda o Palácio Pintéus, no concelho de Loures, que estava praticamente em ruínas e destinado a converter-se num complexo de prédios.

Ferreira Rosa recupera o Palácio lutando contra diversos obstáculos burocráticos e administrativos que lhe foram sendo colocados. Nas palavras de João Ferreira-Rosa o Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar) "estragou-lhe" os últimos 30 anos dos 70 que já leva de vida. Abriu o Palácio Pintéus as suas portas ao Público em 2007 e lá se realizam diversos eventos ligados ao fado.

É dentro das paredes do Palácio Pintéus que é gravada, em 1996, o 2ª disco de um dos seus mais sublimes trabalhos, "Ontem e Hoje". Ferreira-Rosa (tal como Alfredo Marceneiro, de resto) tem uma certa aversão a estúdios de gravação e à comercialização do fado, preferindo cantar o fado entre amigos, como refere nos versos do Fado Alcochete.

Nutre uma especial paixão por Alcochete onde tem vivido nos últimos anos. A esta vila escreveu o fado Alcochete, que costuma cantar no Fado da Balada de Alfredo Marceneiro.

Entre 2001 e 2003 amigos e seguidores tiveram ainda a oportunidade de o ouvir regularmente em ciclos de espectáculos organizados no Wonder Bar do Casino do Estoril.

 

 

 

 

Seleção de fontes de informação:

http://www.portaldofado.net/content/view/1437/327/

Última atualização:  Outubro/2010

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