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Fado Lurdes

A Rua Que Foi Nossa
Letra:                 Maria de Castro

Música:              Armando Machado

Intérprete:          José Pracana

Na rua que foi nossa já não moro

Parti faz hoje um ano, não voltei
E a dor duma saudade ainda choro
Esquecido dos tormentos que passei



Apenas a lembrança em mim existe
Dos tempos que passámos lado a lado
De tudo o que foi alegre ou triste
De tudo o que foi o nosso fado



Nas noites de luar, a lua cheia
Seu manto de brancura desdobrava
Nossos passos traçavam sobre a areia
Quente ternura que o verde mar levava



Na rua que foi nossa há abandono
Voltar de novo ao amor, como eu quisera
Transformar o meu triste e frio outono

Numa nova e risonha primavera

​Pequena biografia do intérprete:

                                                                                                                                                      José Pracana
José Pracana nasceu em Ponta Delgada, S. Miguel, Açores, a 18 de Março de 1946.
Em 1964 inicia a sua carreira como amador, no universo do Fado, estatuto que

manterá até à atualidade. Como guitarrista, acompanhou assiduamente Alfredo

Marceneiro, Teresa Tarouca, Maria do Rosário Bettencourt, João Sabrosa, Vicente da

Câmara, Manuel de Almeida, Alcindo Carvalho, João Ferreira Rosa, João Braga, Carlos

Zel, Carlos Guedes de Amorim, Orlando Duarte, Arminda Alverenaz, entre outros.
Entre 1969 e 1972 dirigiu o Arreda em Cascais, projeto que abandonou para ingressar na TAP.
Para além da participação em diversificados eventos culturais em Portugal Continental, Açores e Madeira atuou também em Macau, Espanha, França, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Dinamarca, Hungria, Israel, Tailândia, Zaire, República da África do Sul, Brasil, Argentina, Venezuela, Estados Unidos da América, Canadá e México.
Desde 1968, tem participado em vários programas televisivos desde o Zip-Zip (1969), Curto – Circuito (1970), Um Dois Três (1985), Noites de Gala (1987) Piano Bar (1988) Regresso ao Passado (1991) Zona Mais (1995), entre outros.
Foi autor de duas séries de programas alusivos ao Fado para a RTP: “Vamos aos Fados”, uma série de cinco programas, em 1976; “Silêncio que se vai contar o Fado” uma outra série de cinco programas em 1992, a convite da RTP Açores.
Colaborou na edição de Um Século de Fado, (Ediclube, 1999) e organizou para a EMI/Valentim de Carvalho, a partir dos estúdios da Abbey Road, a remasterização digital de exemplares de 78 rpm para as sucessivas edições da coleção Biografias do Fado (de 1994 a 1998).
Colaborou, entre outros, no projeto Todos os Fados (Visão, Abril 2005) e no ano de 2005 recebeu o Prémio Amália Rodrigues na categoria de Fado Amador.
Desde 2007 realiza no Museu do Fado um ciclo consagrado às memórias do fado e da Guitarra Portuguesa onde presta homenagem ao tributo artístico de Armando Augusto Freire, Alfredo Marceneiro, José António Sabrosa e Carlos Ramos. É coautor do programa da RTP “Trovas Antigas, Saudade Louca”

Seleção de fontes de informação:
 

http://www.museudofado.pt/personalidades/detalhes.php?id=240

 


Última atualização: Dezembro/2007

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