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Fado Solene

Herança Fadista
Letra:             Clemente José Pereira
Música:          Alberto Correia
Intérprete:       Argentina Santos


Eu não sou do tempo antigo
Mas noto que finalmente (bis)

Trago este fado comigo
O fado de antigamente (bis)

 

 

 


Também não cantei um fado
Nem serenatas bairristas (bis)

Nem nas esperas do gado
Com fidalgos e fadistas (bis)

 

 

 


Minha voz que tanto abraça
O fado que me encantou (bis)

Algum fadista de raça
A herança me deixou (bis)

Pequena biografia da intéprete

​                                                                                                                                                    Argentina Santos

Maria Argentina Pinto dos Santos, nasceu em Lisboa, na Mouraria ( Freguesia do Socorro),

em 1926.  Desde 1950, que se mantém à frente do seu restaurante típico “A Parreirinha de

Alfama", ​ sendo considerada uma excelente cozinheira.​  Argentina Santos, só iniciou a sua

carreira artística, depois da abertura doseu restaurante,​ cantando com sucesso para os

frequentadores da casa. De facto, graças à autenticidade  das suas interpretações e a um

estilo muito pessoal, logo se impôs como uma das mais dotadas e prometedoras fadistas

da época, tornando-se desde então, muito apreciada como intérprete do fado clássico, na

linha das cantadeiras afamadas do passado.

Pela Parreirinha de Alfama, passaram as mais consagradas cantadeiras de fado; aliás, as paredes estão decoradas com molduras com as fotos de todas elas; homens, apenas Alfredo Marceneiro Júlio Peres, Tristão da Silva e Artur Batalha.

Os fados As Duas Santas ( letra de Augusto Martins e música do Fado Franklin ) e Juras ( letra de Alberto Rodrigues e música de Joaquim Campos ) foram, entre outros, grandes êxitos seus.

Gravou o seu primeiro disco em 1958, cantando conhecidas composições como Chafariz do Rei, Quadras (de António Botto), Naquela noite em Janeiro, Amar não é pecado, Dito por não dito, Passeio fadista, A grandeza do Fado, Não me venhas bater à porta, Mágoas com a vida, Reza, Quadras soltas e Os meus passos.

Tendo-se embora confinado às suas actuações na Parreirinha de Alfama e a uma ou outra intervenção em festas públicas e particulares, Argentina Santos não deixou, por isso, de se tornar conhecida e apreciada como cantadeira castiça.

Nas últimas décadas, tem tido umas deslocações ao estrangeiro, onde também tem agradado.

Argentina Santos, é a última das divas do Fado. É o Fado na sua essência mais tradicionalista, e quando se escuta Argentina Santos, apercebemo-nos de que a canção de Portugal atinge um fulgor, uma “alma” difícil de igualar, porque é a tradição mais pura do fado castiço, fidedigna de uma cultura musical.

Argentina Santos, já cantou nos palcos mais emblemáticos nacionais e internacionais como Venezuela; Coraçau; Brasil; França; Konzerthaus; em Viena ( Austria ); Queen Elisabeth Hall, em Londres; La Cité de La Musique, em Paris; Catedral de Marselha; Dufe Paris, na Grécia; Holanda; Escócia; a tournée italiana por Perugia, Modena e Torino; Coliseu de Lisboa; Teatro da Trindade; Teatro Eunice Muñoz; Forum Lisboa, com Simone de Oliveira; reabertura do Teatro Tivoli e Centro Cultural de Belém, onde foi aclamada como a última das grandes fadistas da tradição antiga da canção de Lisboa.

Mas apesar dos sucessos, Argentina Santos não se acomoda, e continua a participar em grandes projectos como é o caso do espectáculo “Cabelo Branco é Saudade”, de Ricardo Pais, onde interpreta os fados Volta atrás vida vivida, Amar não é pecado, Lisboa casta princesa e Lágrima, ao lado de Celeste Rodrigues e Ricardo Ribeiro, ou o espectáculo “Regressos” que a leva ao palco com Camané e Rabih Abou-Khalil.

Recentemente, foi a vez de Carlos Saura ficar rendido à voz da “diva”, convidando-a a participar no filme “Fados”.

Argentina Santos, é o Fado na sua expressão mais genuína e fascinante! Argentina Santos, é a voz do Fado e de Portugal!

Seleção de fontes de informação:

http://www.g-sat.net/todos-os-fados-de-a-a-z-historia-2128/fado-acacio-208295.html

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