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Fado das Mágoas

Há Uma Palavra Perdida
Letra:               Manuel Alegre
Música:            Pedro Lafões
Intérprete:        João Braga



Há uma palavra perdida
Na boca da madrugada (bis)
Uma palavra de amor
Ou talvez de despedida (bis)

 


Alguém que está de chegada

Alguém que vai de partida (bis)
E traz um pouco de tudo

E deixa um pouco de nada (bis)

 


Uma lâmina escondida

Uma rosa de veludo (bis)
Uma lembrança esquecida

Numa página dobrada (bis)

 

solo

Uma lembrança esquecida

Numa página dobrada (bis)
E uma palavra perdida

Na boca da Madrugada

Guitarra:      José Luís Nobre Costa

                    e Pedro Castro

Viola:           Jaime Santos

Baixo:          Joel Pina

 

Pra

Pequena biografia do intérprete:

                                                                                                                                         João Braga

João de Oliveira e Costa Braga (Lisboa, 15 de Abril de 1945). Natural do

bairro de Alcântara, estreou-se em público aos nove anos, como solista do

coro do Colégio de São João de Brito.
Em 1957 a sua família mudou-se para Cascais, vila onde começou a cantar

em casas de fado amador.
Em 1966 abandona a Faculdade de Direito de Lisboa.
É também nesse ano que Alfredo Marceneiro, à mesa da casa de fados

Tipóia, lhe dita a glosa de Carlos Conde "É tão bom ser pequenino", que ele

viria a gravar em Dezembro.
O ano de 1967 marcou o seu lançadamento como intérprete profissional,

com o primeiro disco, (É Tão Bom Cantar o Fado), a que se juntam, no

mesmo ano três EP (Tive um Barco, Sete Esperanças, Sete Dias e Jardim Abandonado), e um LP (A Minha Cor).
Em 1968 conhece Luís Villas-Boas, que viria a tornar-se seu produtor e parceiro na organização do I Festival Internacional de Jazz de Cascais, realizado em 1971.
Em 1970 participa no Festival da Canção e funda a revista Musicalíssimo, de que foi editor até 1974.
Com a Revolução dos Cravos é emitido um mandato de captura em seu nome, o que o leva a fixar-se em Madrid, até Fevereiro de 1976.
Quando voltou do exílio, abriu o restaurante O Montinho, em Montechoro, que esteve em actividade apenas durante um Verão.
Em 1978 regressou a Lisboa, integrando o elenco do restaurante de fados Pátio das Cantigas, em Lisboa, até 1982. Lançava, entretanto, mais sete álbuns — Canção Futura (1977), Miserere (1978), Arraial (1980), Na Paz do Teu Amor (1982), Do João Braga Para a Amália (1984), Portugal/Mensagem, de Pessoa (1985) e O Pão e a Alma (1987).
Após o encerramento daquela casa de fados, centrou a sua actividade nos concertos e na composição musical, tendo a partir da década de 1990, contribuído para a renovação do panorama fadista através de convites a jovens intérpretes para integrarem os seus concertos, casos de Maria Ana Bobone, Mafalda Arnauth, Ana Sofia Varela, Mariza, Cristina Branco, Katia Guerreiro, Nuno Guerreiro, Joana Amendoeira, Ana Moura, Diamantina, entre outros.
Em 1984 surgiu pela primeira vez como autor de melodias, musicando os poemas de Fernando Pessoa, O Menino da Sua Mãe e Prece, o fado Ai, Amália, de Luísa Salazar de Sousa, e o poema Ciganos, de Pedro Homem de Mello, num álbum a que chamou Do João Braga para a Amália.
Em 1990 o seu primeiro CD, Terra de Fados, êxito de mais de trinta mil cópias, incluiu poemas inéditos de Manuel Alegre, que pela primeira vez escreveu expressamente para um cantor. Seguiram-se Cantigas de Mar e Mágoa (1991), Em Nome do Fado (1994), Fado Fado (1997), Dez Anos Depois (2001), Fados Capitais (2002), Cem Anos de Fado - vol. 1 (1999) e vol. 2 (2001), e Cantar ao Fado (2000), onde reúne poemas de Fernando Pessoa, Alexandre O'Neill, Miguel Torga, David Mourão-Ferreira, Manuel Alegre, entre outros.
Desde os tempos da Musicalíssimo que desenvolveu actividade na imprensa escrita, tendo sido cronista das revistas Eles & Elas e Sucesso, e dos jornais O Independente, Diário de Notícias, Euronotícias e A Capital, redactor d' O Século Ilustrado e d' O Volante.
Em 2006 publicou o livro Ai Este Meu Coração.
Foi distinguido, entre outros, com a Medalha de Mérito Cultural do Município de Lisboa (1990), Prémio Neves de Sousa da Casa da Imprensa (1995), Medalha de Mérito da Cruz Vermelha Portuguesa (1996), Prémio de Carreira da Casa da Imprensa (1999) e com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique (2006).
Além do fado, interpreta um repertório diversificado, incluindo música francesa, brasileira e anglo-saxónica.
O seu emocionado estilo interpretativo é caracterizado por um timbre bem pessoal, pela primazia do texto e por uma abordagem melódica imaginativa, sempre actualizada e de constante improviso (muito «estilada», em jargão fadista).
Participa em tertúlias desportivas na televisão, onde defende o seu Sporting Clube de Portugal.


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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