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Fado Marana

Lisboa Meu Amor, Lisboa
Letra:                 Diogo Clemente
Música:              Armando Machado
Intérprete:           Raquel Tavares

 

 

 

 

 

Descanso o fim do dia neste canto
Deixando o meu olhar às mãos do Tejo
E canta o Tejo em mim, quando te canto
E desce ao meu olhar quando te vejo

 

 


Sinto ainda no cais as silhuetas
Do jeito e do bailada das varinas
E o dizer mais fadista dos poetas
Nas sombras das vielas, nas esquinas

 

 

Desfez as cores garridas da cidade
O sol que diz adeus do outro lado
E assim como eu, amor da minha idade
A cidade vestiu-se em tons de fado

 

 


E a voz duma saudade então ecoa
P’las ruas que o luar anoiteceu
Não sei se me perdi nesta Lisboa
Ou foi Lisboa em mim que se perdeu

Pequena biografia do autor:

                                                                                                                                               Armando Machado

Armando Artur da Silva Machado, nasceu, em Lisboa, em 1899, cidade onde viria a

falecer em Fevereiro de 1974.

Começou a tocar viola nos solares e palacetes, dos arredores de Lisboa, em 1924,

actuando em quase todos os recintos de Fado lisboetas, nomeadamente,

"Adega Mesquita", "Farta-brutos" e "Café Luso".

Em 1935, juntamente com o guitarrista Fernando Freitas e a cantadeira

Maria Albertina, actua na Exposição Universal de Paris, espectáculo a que assistiu

a Rainha D. Amélia ( no exilo ).

Em 1937, funda a "Adega Machado", na altura a segunda casa de Fado no Bairro Alto,

a primeira a apresentar espectáculos diários, e que ainda hoje se mentem em plena

actividade, pela mão dos seus filhos ainda vivos, Filipe e Maria Rita Machado!

Compôs várias dezenas de temas, entre eles os Fados "Súplica", "Licas", ( dedicado a um dos seus filhos ), "Pipas", "Maria Rita" ( dedicado a sua filha com o mesmo nome ), "Lurdes", ( dedicado a sua esposa, a cantadeira Maria de Lurdes Machado ), "Santa Luzia" e o conhecido "Bolero do Machado" ( Cigano da Fronteira ), que foi disco de ouro em 1957, em S. Paulo ( Brasil ), numa gravação de Cidália Meireles, acompanhada pela Orquestra de Mantovani.

Armando Machado, foi sem duvida, um dos maiores compositores que o Fado conheceu, sendo os seus fados dos mais cantados actualmente, por quase aqueles que interpretam o Fado!

Origem: “Histórias do Fado – A Capital" e investigação G-Sat.

O violista Armando Machado nasceu em Lisboa, em 1899, cidade onde veio a falecer em 1974.

Começou a tocar viola nos solares e nas festas em Lisboa e arredores.
Em 1924 profissionaliza-se, tendo tocado praticamente em todos os recintos onde houvesse Fado, da época.
Em 1937 fundou a Adega Machado no Bairro Alto, que foi a segunda casa do género no bairro, mas a primeira a dar espectáculos diários.
Foi autor de vários temas musicais para Fado, tais como, Fado Súplica, Fado Cunha e Silva, Fado Licas, Fado Maria Rita, Fado Lourdes e o célebre Bolero Cigano da Fronteira.

Conheceu e casou-se com uma linda moça, Maria de Lourdes, de profissão enfermeira, natural de Lisboa, onde nasceu em 1915, na freguesia do Socorro, tendo falecido também em Lisboa em 1999.
Maria de Lourdes Machado e Armando Machado, tiveram 5 filhos, 4 rapazes e uma rapariga, o Armando José (Licas) que era afilhado do Gonçalves dono de "O Ginjal", a Maria Rita, era afilhada de Amália Rodrigues, o Filipe teve como padrinho Filipe Nogueira (pai) e o Carlos Manuel foi apadrinhado por Adelina Ramos e seu marido, o António Tomaz Machado, (o Tricas para a família e amigos) era afilhado do artista plástico Tomaz de Melo (TOM) e também de Amália.

Maria de Lourdes Machado abandona a sua carreira de enfermeira para cuidar dos filhos e fica também, ao lado do marido na gerência da Adega Machado, tendo começado a cantar Fado, logo com grande sucesso, pois tinha uma bonita voz, presença e cantava muito bem.
Quando o seu filho mais velho o Armando José (apelidado carinhosamente como Licas), foi mobilizado para o Ultramar, Maria de Lourdes pede a João Linhares Barbosa, que lhe escreva um poema que exprima a sua dor de mãe, que teve o título de (Fé e Coragem Meu Filho). O pai Armando Machado faz a música já referida, Fado Licas.
(...)

Seleção de fontes de informaçãp:

http://www.portaldofado.net/content/view/2876/327/

Última atualização:  Junho/2012

​Pequena biografia da intérprete:

​                                                                                                                                                  Raquel Tavares

Alem da versatilidade, Raquel Tavares tem o talento de recriar aquilo que poderia ser um

“Fado Balada” ou um “Fado Canção”, num grande fado dos nossos tempos, como nos

temas “Noite”, “Querer Cantar”, “Por Momentos” ou “Trazes pedaços de mim”, dando-lhes

assim a sua interpretação de forma tão carismática.

Existe ao redor da artista um “íman” que atrai a criação de todos os que a rodeiam,

desde

o disco ao espectáculo que se foi criando por si só, na inspiração daquilo que é o

personagem principal e ao mesmo tempo a “musa” deste projecto. Tinha de ser mesmo

assim. Não se poderia abordar outro tema, senão a “História de uma Cantadeira”.

A história de Raquel Tavares.

Inevitavelmente “O Seu Destino”, aquilo que ela nunca poderia deixar de ser.

Nasceu em Lisboa, no dia 11 de Janeiro de 1985, oriunda de uma família com ligação ao panorama musical da canção de Lisboa. Desde muito nova frequentava os “cantos” e “recantos” a que alguns poderão chamar de “gueto” ou as “tertúlias do fado”.


Os estudos levaram-na a outros caminhos, seguindo um percurso normal de educação e amadurecimento, até ao momento em que o “seu” destino a levou a decidir a sua vida e carreira.
Voltou aos locais habituais do Fado, já com 18 anos de idade. Passou pelas casas de Fado “Café Luso”, “Sr. Vinho”, “Arcadas do Faia”, “Adega Mesquita”, “Adega Machado” e por fim integra o elenco da: “Casa de Linhares”.

Seleção de fontes de informação:

http://www.portaldofado.net/content/view/298/327/

 

Última atualização:  Maio/2012

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