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Fado Primavera

Roseira Brava
Letra:              Manuel de Andrade
Música:           Pedro Rodrigues
Intérprete:        
João Ferreira Rosa
 

 

 


Andei a ver se encontrava
alguma roseira brava
florida de murchas rosas

qualquer coisa que lembrasse
um resto só que ficasse
das nossa horas ditosas  (bis)

 

Mas o céu enegreceu
o vento tudo varreu
e de nós nada ficou

na campina nua e fria
nem uma roseira havia
nem uma rosa murchou  (bis)

 

 

 


Morreu triste o meu intento
morreu levado plo vento
que as roseiras embalava

voltei ao cair do dia
pois no campo não havia
nem uma roseira brava  (bis)

​Pequenas biografia do intérprete:

                                                                                                                                             João Ferreira Rosa

É um dos maiores expoentes do fado tradicional ainda vivos. Monárquico e

tradicionalista, seus fados falam da nostalgia de um Portugal já esquecido...

O seu fado mais conhecido será, sem sombra de duvida, o Fado do Embuçado.

Composição singular com música do Fado Tradição da cantadeira Alcídia Rodrigues

e letra de Gabriel de Oliveira, que é incontornável em qualquer noite ou tertúlia fadista.

 

O tema mais uma vez é o tempo de antigamente e uma curiosa história de um

"embuçado" (disfarçado com capote) que todas as noites ia ouvir cantar fados, tendo

um dia sido desafiado a revelar-se, eis que se descobre que o embuçado era o Rei

de Portugal que após o beija-mão real cantou o fado entre o povo.

 

Em 1965 adquire um espaço, no Beco dos Cortumes, em Alfama, a que chamou a Taverna do Embuçado, que abrindo no ano seguinte, viria a marcar toda uma era do Fado ao longo dos 20 anos que se seguiram, até que Ferreira Rosa deixa a gestão nos anos 80. O espaço, contudo, ainda hoje existe.

 

Nos anos 60 adquire ainda o Palácio Pintéus, no concelho de Loures, que estava praticamente em ruínas e destinado a converter-se num complexo de prédios.

 

Ferreira Rosa recupera o Palácio lutando contra diversos obstáculos burocráticos e administrativos que lhe foram sendo colocados. Nas palavras de João Ferreira-Rosa o Instituto Português do Património Arquitectónico (Ippar) "estragou-lhe" os últimos 30 anos dos 70 que já leva de vida. Abriu o Palácio Pintéus as suas portas ao Público em 2007 e lá se realizam diversos eventos ligados ao fado.

 

É dentro das paredes do Palácio Pintéus que é gravada, em 1996, o 2ª disco de um dos seus mais sublimes trabalhos, "Ontem e Hoje". Ferreira-Rosa (tal como Alfredo Marceneiro, de resto) tem uma certa aversão a estúdios de gravação e à comercialização do fado, preferindo cantar o fado entre amigos, como refere nos versos do Fado Alcochete.

 

Nutre uma especial paixão por Alcochete onde tem vivido nos últimos anos. A esta vila escreveu o fado Alcochete, que costuma cantar no Fado da Balada de Alfredo Marceneiro.

 

Entre 2001 e 2003 amigos e seguidores tiveram ainda a oportunidade de o ouvir regularmente em ciclos de espectáculos organizados no Wonder Bar do Casino do Estoril.

 

 

 

Seleção de fontes de informação:

www.portaldofado.net/content/view/1437/327/

 

 

Última atualização:  Outubro/2010

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