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Fado Perseguição

Perseguição
Letra:             Avelino de Sousa
Música:          Carlos da Maia
Repertório:      Amália Rodrigues

Se de mim nada consegues
Não sei porque me persegues
Constantemente na rua;
Saber bem que sou casada
Que fui sempre dedicada
E que não posso ser tua

 


Lá porque és rico e elegante
Queres que eu seja tua amante
Por capricho, ou presunção
Eu tenho um marido pobre
Que possui uma alma nobre
E é toda a minha paixão

 


Rasguei as cartas sem ler
E nunca quis receber
Joias ou flores que trouxesses
Não me vendo nem me dou
Pois já dei tudo o que sou
A um amor que não conheces

 


Como sentinela alerta
Noite e dia sempre esperta
Na posição de sentido
Eu sou, a todo o instante
Sentinela vigilante
Da honra do meu marido

Pequena biografia do autor:

Carlos da Maia

​José Carlos Augusto da Maia (também conhecido por Manuel Lencastre), Guitarrista e compositor.

(1878-1921)

Pequena biografia do poeta:
                                                                                                                            Avelino de Sousa

Avelino de Sousa, fadista, compositor, poeta popular e dra­maturgo.

Nasceu em Lisboa em 1880 e residia nos Bairro de Campolide

Começou a trabalhar numa livraria, foi posteriormente tipógrafo e

bi­bliotecário da Torre do Tombo.

Aos 15 anos já cantava as suas obras. Era pre­sença obrigatória em

qualquer festa de trabalha­dores.

cantando apenas obras suas,  nor­malmente acompanhado pelo guitarrista

Domin­gos Pavão, seu amigo de infância, o mote das suas letras, versava o amor, saudade e também usava o Fado, para através dele veicular as suas ideias politicas e sociais.

Cantou em tabernas, retiros, colectividades de recreio, em salas de gente elegante.

Travou grandes “despiques” com João Patusquinho, Manuel Serrano, João Black, Júlio Janota, Carlos Harrington e o Calci­nhas Narigudo.

Estreou-se em 1911, como autor teatral com a revista “Perdeu a Fala”, vindo a conquistar assinalá­vel êxito com a opereta “Bairro Alto”, com música de Venceslau Pinto, Alves Coelho e Raul Portela, apresentada em 1927 no Teatro São Luiz, em que a cantadeira Aldina de Sousa, desempenha o papel de Adelaide Pinóia cantando o Fado do Bairro Alto, “Cacho Doirado” (de colaboração com Venceslau de Olivei­ra), a fantasia “País do Sol” (de colaboração com Carlos Leal), o drama “A Guerra” (de colaboração com Luís Galhardo), e o «vaudeville» “Guerra do Fa­do”.

Publicou ainda, entre outros, os livros Canções do Fado, O Fado das Mulheres, A Canção Nacional (com prefácio de Angelina Vidal), Cinquenta So­netos e Cantem Todos...

Há uma quadra que compôs,  que ainda hoje, quase toda a gente, principalmente do Fado conhece, pela sua originalidade, sendo muito cantada em desgarradas:

Ao Fado tudo se canta,

Ao Fado tudo se diz:

— No cristal de uma garganta

Vive a alma de um país.

 

Colaborador regular da imprensa operária e da imprensa do Fado, coligiu em 1912 os artigos escritos em A Voz do Operário sob o título O Fado e os Seus Censores, com prefácio de Júlio Dantas, obra de referência na bibliografia fadista.

Morreu em 1946.

 

Seleção de fontes de informação:

http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/92344.html

 

Última atualização:  Maio/2012

Pequena biografia da intérptrete:

​                                                                                                                                          Amália Rodrigues

Amália da Piedade Rebordão Rodrigues, nasceu em Lisboa em 23 de Julho

(ou 1 de Julho de 1920) e faleceu também em Lisboa, na sua casa na

Rua de São Bento, em 6 de Outubro de 1999.

Foi uma fadista, cantora, actriz e poetisa portuguesa, considerada o exemplo

máximo do Fado, frequentemente aclamada como a voz de Portugal e uma das

mais brilhantes cantoras do século XX. Está sepultada no Panteão Nacional,

entre os portugueses ilustres.

Seleção de fontes de informação:

http://www.g-sat.net/todos-os-fados-de-a-a-z-historia-2128/fado-alfacinha-218275.html

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