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Fado Miguel

Vida da minha Vida
Letra:               Luis Gouveia
Música:           Miguel Ramos
Intérprete:       Manoel Monteiro

 

 

 


Minha mão vou escrever-te

E é tal a minha ansiedade

Que me faz tremer a mão

Há tanto tempo sem ver-te

Já nem sei como a saudade

Cabe no meu coração   bis

Oh minha mãe

O teu filhinho está bem

Só as saudades que tem

Te causam esta aflição

Mãe adorada

A tua imagem sagrada

Eu trago-a sempre guardada

Dentro do meu coração

Diz-me se aos teus cabelos

Os fios brancos chegaram

Mãezinha da minha vida

E se os teus olhos tão belos

São os mesmos que choraram

Pelos meus à despedida   bis

Estou a escrever-te

Mas nem sei o que dizer-te

Pois em sonhos estou a ver-te

Como santa no altar

Que a luz de Deus

Ilumine os olhos teus

Para poderem ver os meus

Quando eu de novo voltar

​​

​Pequena biografia do autor:

                                                                                                                                        Miguel Ramos

​Miguel Ramos, nasceu em Lisboa em 1901, onde veio a falecer em 1973.

É o irmão mais jovem do saudoso guitarrista e compositor, Casimiro Ramos.

Violista de fado, também foi ( como o seu irmão ), compositor de fados como

Fado Alberto, Fado Margarida, Fado Helena ,Fado Oliveira ou da Freira, etc.

A observar que o Fado Alberto, foi e ainda é, um fado muito gravado,

​​​​existindo mais de 40 gravações (em suporte CD ) deste fado.

Alguns dos seus fados, foram compostos em parceria com o seu irmão,

sendo a autoria de alguns desses fados atribuíram, por vezes, ora a um, ora

a outro dos irmãos "Pinóia".

Miguel Ramos, foi considerado um artista de referência, e era admirado pelos fadistas, violistas e guitarristas, entre os quais Martinho d'Assunção Júnior e José Nunes.

Tal como o seu irmão, acompanhou grandes vozes do Fado, em casas de fado, espetáculos e na gravação de fonogramas.

Tocava com unhas postiças. O seu estilo interpretativo caracterizava-se pela clareza na articulação das notas, a ressonância dos bordões e acordes, tanto no acompanhamento de fadistas, como de instrumentais, adaptando o percurso harmónico ao gosto de cada fadista; nos instrumentais, utilizava um acompanhamento harmónico mais enriquecido, notavelmente articulado com as guitarras, contra cantos, e a percussão ( utilizando a caixa de ressonância da viola ).

Durante muitos anos, foi tocador privativo do Restaurante “A Tipóia”, no Bairro Alto.

 

 


Seleção de fontes de informação:

 

http://www.g-sat.net/todos-os-fados-de-a-a-z-historia-2128/fado-alberto-208297.html

 

 

 

 

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