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Fado Alberto
Fado Alberto
00:00 / 03:10
Edited Image 2013-3-23-0:59:22

​​Não Passes Com Ela à Minha Rua
Letra:               Carlos Conde

Música:            Miguel Ramos

Intérprete:        Fernanda Maria

Ao fim de tantos anos de ser tua
Amaste outra, casaste, foste ingrato

Vi-te passar com ela à minha rua
Abracei-me a chorar ao teu retrato  (bis)

 

 

 

Podia insultar-te quando te vi
Ferida neste amor supremo e farto

Mas vinguei-me a chorar, chorei por ti
Por entre as persianas do meu quarto  (bis)

 

 

 

Eu bem sei que me tentas convencer
Mas o que me propões, não é bastante

Se não servi, p'ra ser tua mulher
Também não devo ser a tua amante  (bis)

 

 

 

Casaste, sê feliz, Deus te proteja
Não te desejo mal, e tanto assim

Que não tenho ciúme nem inveja
Como a tua mulher teve de mim  (bis)

 

 

 

Mas olha meu amor, eu não me importa
Antes que fosses dela, eu já fui tua

Podes sempre bater à minha porta
Mas não passes com ela à minha rua  (bis)

 

 

 

Intérprete:  Fernanda Maria
Título:        Não Passes Com Ela à Minha Rua

 

Autor da Letra:           Carlos Conde
Autor da Música:        Miguel Ramos

 

Guitarra Portuguesa:  Jaime Santos
Viola de Fado:            Martinho d´Assunção
Viola-baixo:                 Liberto Conde


 

Data da 1ª edição:  1968

Editora: Alvorada

Ref. EP 10 40

Outras versões do mesmo Fado

Aquela Igreja
00:00 / 03:07

Intérprete: António Severino

Letra: José Marques Vidal

Desalma
00:00 / 02:30

Fado Alberto

Um fado em modo menor, que adquiriu o nome do cantador para o qual foi feito, Alberto Simões Costa (1904 - 1982), sendo seu autor o violista Miguel Ramos. É aplicado no canto de estrofes de quadras em decassílabos.
 

       

​Pequena biografia do autor:

                                                                                                                                        Miguel Ramos

​Miguel Ramos, nasceu em Lisboa em 1901, onde veio a falecer em 1973.

É o irmão mais jovem do saudoso guitarrista e compositor, Casimiro Ramos.

Violista de fado, também foi ( como o seu irmão ), compositor de fados como

Fado Alberto, Fado Margarida, Fado Helena ,Fado Oliveira ou da Freira, etc.

A observar que o Fado Alberto, foi e ainda é, um fado muito gravado,

​​​​existindo mais de 40 gravações (em suporte CD ) deste fado.

Alguns dos seus fados, foram compostos em parceria com o seu irmão,

sendo a autoria de alguns desses fados atribuíram, por vezes, ora a um, ora

a outro dos irmãos "Pinóia".

Miguel Ramos, foi considerado um artista de referência, e era admirado pelos fadistas, violistas e guitarristas, entre os quais Martinho d'Assunção Júnior e José Nunes.

Tal como o seu irmão, acompanhou grandes vozes do Fado, em casas de fado, espectáculos e na gravação de fonogramas.

Tocava com unhas postiças. O seu estilo interpretativo caracterizava-se pela clareza na articulação das notas, a ressonância dos bordões e acordes, tanto no acompanhamento de fadistas, como de instrumentais, adaptando o percurso harmónico ao gosto de cada fadista; nos instrumentais, utilizava um acompanhamento harmónico mais enriquecido, notavelmente articulado com as guitarras, contra cantos, e a percussão ( utilizando a caixa de ressonância da viola ).

Durante muitos anos, foi tocador privativo do Restaurante “A Tipóia”, no Bairro Alto.

 

 


Fonte de informação:

 

http://www.g-sat.net/todos-os-fados-de-a-a-z-historia-2128/fado-alberto-208297.html

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Pequena biografia da intérprete:

                                                                                                                                               Fernanda Maria

Fernanda Maria nasceu na freguesia do Socorro, Hospital de S. José em 06 de

Fevereiro de 1937. O seu pai era tipógrafo e cantava muito bem o Fado, e segundo

Fernanda Maria deverá ter sido com ele que apanhou o compasso e o gosto pelo Fado.

Desde muito nova, 12/13 anos, empregou-se a servir à mesa, na "Adega Patrício", de

que era proprietária a fadista Lina Maria Alves. Mais tarde passou para o restaurante

de Argentina Santos, a "Parreirinha de Alfama", e foi ali, naquele espaço tão especial,

que surgiu uma das maiores intérpretes do género, símbolo do mais puro estilo fadista.

Fernanda Maria começa a sentir o apelo de cantar e incentivada pelos frequentadores

das casas onde servia à mesa, descobre a sua vocação. Impulsionada por Alfredo

Lopes inicia os testes para a Emissora Nacional e feitas as devidas provas estreia-se

no Serão para Trabalhadores, emitido a partir da Voz do Operário.

Em 1957 tira a carteira profissional e para além dos programas na Emissora Nacional passa a participar em variados espectáculos como o "Passatempo APA" no Cinema Éden, "Do Céu Caiu uma Estrela" no Òdeon, e o "Comboio das 6h30" no Capitólio. Uns dos momentos que Fernanda Maria recorda com mais saudade são os espectáculos de variedades realizados no Pavilhão dos Desportos e no Coliseu dos Recreios.

Por motivos de vida familiar recusou muitos convites ao estrangeiro, mantendo as suas actuações assíduas nas casas de Fado "A Severa", "Toca", "Nau Catrineta" e "Viela" até se fixar no seu próprio espaço, a casa típica "Lisboa à Noite", que abriu em 1964, e deixou após o falecimento do seu marido, Romão Martins. Passaram por este espaço grandes nomes do género, Manuel de Almeida, Manuel Fernandes, Tristão da Silva, Alice Maria, Maria da Fé, Cidália Moreira, entre outros.

A primeira gravação de disco deu-se quando actuava na "A Severa" e mais tarde gravou também pelas editoras Valentim de Carvalho e Alvorada.

A convite do empresário José Miguel, Fernanda Maria integra o elenco da revista "Acerta o Passo" (1964) junto de Ivone Silva, contudo foi uma breve passagem, já que a fadista não se fascina por esta arte e pelos grandes palcos.

Foi acompanhada por grandes instrumentistas: Pais da Silva, Acácio Rocha, Jaime Santos, Carvalhinho, Martinho D´Assunção, Raul Nery, Fontes Rocha, Joel Pina.

Fernanda Maria, voz carismática e peculiar, tem como principais referências Argentina Santos e Maria Teresa de Noronha, pelas quais nutre um enorme respeito e admiração. Do seu vasto repertório fazem parte versos de grandes poetas, casos de: Linhares Barbosa, Nelson de Barros, Frederico de Brito, João Dias e Carlos Conde, dos quais resultaram grandes sucessos tais como "Não passes com ela à minha rua", de Carlos Conde, e "Zanguei-me com o meu amor" de Linhares de Barbosa.

Símbolo máximo do Fado castiço, Fernanda Maria é distinguida em 1963 com o Prémio da Imprensa, na categoria Fado e em 2006 com o Prémio Amália Rodrigues Carreira Feminina.

 

Fontes de informação:

Museu do Fado - Entrevista realizada a 14 de Novembro/2006;

Baptista-Bastos (1999), "Fado Falado" Col. "Um Século de Fado", Lisboa, Ediclube.

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Intérprete: Mariza

Letra: Diogo Clemente

Guitarra:   Ângelo Freire

Viola:        Diogo Clemente

Baixo:       José Marino de Freitas

Fado Lisboa
00:00 / 03:24

Guitarra:   Fontes Rocha e José Pracana

Viola:        João Machado

Baixo:       Joel Pina

1996 Warner Music Portugal, Lda

Intérprete: João Ferreira-Rosa

Letra: João Ferreira-Rosa

Mentira
00:00 / 03:02

Conjunto de Guitarras de Raúl Nery

Guitarras:   Raúl Nery e José Fontes Rocha

Viola:          Júlio Gomes

Baixo:         Joel Pina

Intérprete: Maria Teresa de Noronha

Letra: Miguel Barros

Não te Menti
00:00 / 02:55

Intérprete: Fernando Maurício

Letra: Moita Girão

O Carcereiro
00:00 / 03:36

Ao vivo no Coliseu do Porto

Guitarras:   Samuel Cabral e Miguel Amaral

Viola:          Paulo Faria de Carvalho

Intérprete: Maria Lisboa

Letra: Francisco dos Santos

Nem Por Sombras
00:00 / 02:33

Guitarras:   Fernando Freitas e Ilídio dos Santos

Viola:        Orlando Silva

Baixo:        Vítor Ferreira

Intérprete: Dina do Carmo

Letra: Eduardo Damas

Noite de Natal
00:00 / 02:46

Intérprete: Carlos Ramos

Letra: João de Freitas

Amor de Mãe
00:00 / 03:11

Intérprete: César Morgado

Letra: César Morgado

UM DOS MAIORES SUCESSOS DE CÉSAR MORGADO! DISCO Nº 3265 DA EMISSORA NACIONAL, PROIBIDO PELA CENSURA!

Esta gravação data de 1961 e pertence à Banda 1 da Face A do disco EP de 45 R.P.M. editado pela “Rapsódia”, matriz de disco “EFP 5.110”, matriz de fonograma “006 619”, nome “Fados – César Morgado”, em que o célebre fadista César Morgado, acompanhado pela guitarra de Samuel Paixão e pela viola de Manuel de Carvalho, interpreta quatro fados do seu reportório, que são “Amor de Mãe”, “Saudade”, “Ciganita” e “Amor Traído”.

 

Este é o célebre fado tradicional “O Moleiro” de Miguel Ramos, baptizada pelos puristas do Fado com o nome de “Fado Alberto”, aqui interpretada por César Morgado, com esta sua poesia, de seu nome “Amor de Mãe”:

 

És sempre para mim a mais bonita,

Apesar de enrugado esse teu rosto.

Serás até morrer mãe infinita!

Aquela sempre aquela que eu mais gosto!

 

Apesar de velhinha, podes crer,

Gostar sempre de ti, nada o evita.

Nunca te trocarei por outra qualquer!

És sempre para mim a mais bonita!

 

Frases puras do amor que tanto zelo

Como é dever dum filho honrar tal posto.

Assim, és para mim o ser mais belo,

Apesar de enrugado esse teu rosto.

 

De tantos sacrifícios teres passado,

Só quem não sabe amar, não acredita

Que a deusa do amor puro e sagrado

Serás até morrer, mãe infinita!

 

De todas, és p'ra mim a mais querida,

Apesar doutro amor que não desgosto.

Assim, és sempre tu, p'ra toda a vida,

Aquela sempre aquela que eu mais gosto!

 

Quando o disco foi lançado, foi catalogado na Emissora Nacional com o nº 3265, e logo depois, começou a ser difundido com regularidade no Programa "A" da Emissora Nacional, nas rubricas de “Fados e Guitarradas” de Sexta-feira, emitidos às 19h20, a seguir ao programa de “Solos de Instrumentos” das 19h05, e antes dos programas de “Orquestras” das 19h40, e nas rubricas dominicais de “Fados” apresentadas e seleccionadas por D. João da Câmara, emitidas às 22h40, a seguir ao “Rádio Desporto” das dez horas, e antes do programa internacional “A Voz do Ocidente Fala-vos de Lisboa”, de carácter propagandista, emitido diariamente às 23h, antes do final da emissão, iniciando o costume dos programas madrugadores da rádio portuguesa.

 

Mas o sucesso desta interpretação não se ficaria por aqui: o disco começou a ser pedido com imensa regularidade nos programas de discos pedidos, com destaque para o “Correio dos Ouvintes” e “Que Quer Ouvir?” da Emissora Nacional, e o clássico “Quando o Telefone Toca” da Rádio Renascença, em simultâneo com o “Amor de Mãe” de Alfredo Marceneiro, embora não tenha tido o mesmo sucesso do Patriarca do Fado.

Além disso, veio a ser registado na “Valentim de Carvalho”, para a firma “Parlophone”, pelo fadista António Freitas, com a guitarra de Samuel Paixão, a viola de António Paixão e a viola-baixo de Montenegro Aguiar.

 

Os pedidos começaram a ser excessivos, e começaram a entupir o correio do programa, principalmente da parte de muitos soldados que se encontravam no campo de batalha, no Ultramar, e alarmada com o sucesso deste fado, a Censura considerou que isto era um fado fatalista e demasiado doentio para os critérios de transmissão radiofónica de fados na Emissora Nacional, e de imediato, decidiu determinar que o disco seria proibido, e que todos os pedidos, a partir daí, fossem recusados.

A partir daí, o sucesso da música passou a restringir-se exclusivamente ao disco, e prolongou-se durante décadas, merecendo a sua reedição em CD, na compilação “César Morgado – Amor de Mãe”, editada em 2008 pela “Edisco – Empresa Editora e Distribuidora de Discos, Lda".

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