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Fado Jovita

Máscara
Letra:               José Pereira
Música:            Frutuoso França
Intérprete:        Maria José da Guia

 

 

Faltaste ao juramento que entre nós dois havia

Ludibriaste assim meu pobre coração
Acreditei em ti, estava cega, não via
Só existir em ti a máscara da ilusão   (bis)



Coração libertino que se deixou prender
Nas garras dum amor que nunca soube amar
Tive pena de mim, mas vi que era mulher
Meu coração mais frágil deixou-se apaixonar   (bis)



Encorajei a alma, fiz-me forte e venci
A chama do ciume no peito de mulher
E as lágrimas que outrora dos meus olhos  verti
Transformaram-se agora em risos de prazer   (bis)



Segue a estrada da vida como se te aprouver
Segura bem a máscara, vê lá, toma cuidado
Pois se ela te cair, verás que outra mulher

Tu julgas enganar, e és tu que és enganado   (bis)

Intérprete:    Maria José da Guia

Título:          Máscara

 

Autor da Letra:        José Pereira
Autor da Música:    Frutuoso França

 

Guitarra Portuguesa:    Acácio Rocha

Viola de Fado:              Pais da Silva

 

Data da 1ª edição:  1960

Editora: "Rádio Triunfo"

Ref. Alvorada MEP 60 326

Outras versões do mesmo Fado

Loucuras de Um Homem Só
00:00 / 02:18

Intérprete: Fernando Maurício

Letra: Mário Raínho

Tudo Isso
00:00 / 03:06

Intérprete: Camané

Letra: Fernando Pessoa

Fado Jovita

Composto pelo cantador Frutuoso França (1912 - "2000)

O cantador Frutuoso França reclamava para ele a autoria deste Fado que é em tudo semelhante a outro, composto pelo violista José Alberto dos Santos Moreira (1909 - 1967): o Fado Moreninha.

Pequena biografia do autor:

​                                                                                                                                                Frutuoso França

Frutuoso França nasceu em Lisboa no bairro de Alcântara em 1912, tendo começado a

cantar o fado muito jovem...

Participou nas sociedades de recreio, onde também fez teatro dramático, participou em

cegadas, estreando-se numa da autoria de Carlos Conde intitulada «Carnaval da Vida».

Cantou nos antigos retiros Perna de Pau e Ferro de Engomar, na Adega Vitória, no Café

dos Anjos, no Retiro da Severa, no Solar da Alegria, no Café Mondego, no Café Ginásio

e no Café Luso (da Avenida).

Em 1936 iniciou a sua carreira de cantador profissional, no Café Luso (da Avenida) e

também quando este foi transferido para a Travessa da Queimada, onde ainda hoje

existe.

Participou nas revistas "Iscas Com Elas" e "Dança da Luta" (1938) levadas à cena no

Teatro Apolo, conquistando o público com o seu estilo castiço e com as letras dos seus fados.

Em 1950 parte para Angola, onde permaneceu durante dez anos a trabalhar na sua profissão de cortador de carnes, mais tarde na Rodésia, África do Sul e Holanda.

Regressa a Portugal em 1976, e reinicia a sua actividade de cantador, actuando em festas, em casas típicas,  na televisão e na rádio.

È dos fadistas que tem todo o seu repertório gravado em discos,  nos quais inclui fados com músicas da sua autoria como Anabela, Amigos São Inimigos, O Mineiro, Doutora Inocente, Diálogo em Sentido Figurado, Coisas da Vida, Salve!, Vê-te ao Espelho e Eterno Amor de Mãe, O Sábio e o Barqueiro, Fado Cadillac, Maria da Paixão, Contraste, Não Compreendo, etc., para além de outros autores.

Dos cerca de 30 fados cantados por Frutuoso França, um dos que tiveram maior audiência foi “O Médico e a Duquesa”, com música sua e letra de Joaquim M. S. Teixeira.

Fonte de informação:

http://www.portaldofado.net/content/view/1490/327/

Última actualização:  Abril/2011

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Pequena biografia da intérprete:

                                                                                                                                                Maria José da Guia

Maria José dos Santos da Guia nasceu em Angola a 16 de Outubro de 1929. Mas muito

nova veio morar para Lisboa, para o bairro de Alfama, sendo mesmo a mascote da

marcha popular desse bairro.

A fadista estreou-se provavelmente em 1944, passando a actuar em várias casas do

Bairro Alto e de Alfama, no Café Luso, no Retiro da Severa, ou na Adega Machado,

casa onde permaneceu durante algum tempo.

Participou em várias revistas do Teatro Maria Vitória, Variedades e ABC, em

espectáculos onde popularizou vários fados, mas a sua preferência seria mesmo o

circuito das casas de fado de Lisboa.

Maria José da Guia casou com Amadeu José de Freitas, um dos mais conhecidos

profissionais da comunicação social portuguesa.

A fadista que trajava de negro, sempre com o seu xaile traçado, cantou temas sobre a cidade, o amor e o fado, os quais deixou em inúmeras edições discográficas em formato EP e LP. Lamentavelmente são reduzidas as reedições destes dicos em formato CD.

Maria José da Guia celebrizou uma grande quantidade de fados, cantando versos dos mais conceituados poetas, musicados por compositores de fado igualmente consagrados. Assim, foram muito populares as suas interpretações de “Coimbra” e “Lisboa Antiga”, de autoria de José Galhardo e Raúl Ferrão; da “Casa Portuguesa”, poema de M. Sequeira sobre música de A. Fonseca; “Sempre que Lisboa Canta”, de Aníbal Nazaré e C. Rocha; “Marcha do Centenário”, com autoria de Norberto de Araújo e Raúl Ferrão; ou “Ronda Fadista”, com letra de Domingos Gonçalves Costa e música do Fado Corrido.

No início da década de 70 Maria José da Guia foi convidada para cantar em Luanda, numa casa de fados de nome Muchima.Voltou para Portugal em 1975, já adoentada.

Posteriormente, voltaria a cantar, e fê-lo em diversas casas de fado, discotecas e casinos, destacando-se a casa Mal Cozinhado, no Porto.

No início da década de 90 a fadista retirou-se definitivamente da vida artística, tendo falecido com 62 anos.

A Câmara Municipal de Lisboa, com o propósito de perpetuar a memória da fadista, atribuiu o seu nome a uma rua de Lisboa, situada no Bairro da Cruz Vermelha, na freguesia do Lumiar.

Fonte de informação:

Portal do Fado - Maria José da Guia

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