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Fado Chic

Fado Chic

Autor da Letra:        Luís da Silva Gouveia

Autor da Música:     Raúl Ferrão/ Raúl Portela

Intérprete:               Fernando Farinha

 

 

Quando o fado era cantado
Pelas tabernas de Alfama
Ninguém diria que o fado
Viesse a ter boa fama

 



Era a canção da bebedeira
e do calão, da rufiagem
e Capelão, e dos fadistas de samarra
E mal diria a Madragoa
e a Mouraria, que em Lisboa
ainda haveria assim tal gosto a guitarra

 



Adeus tardes de touradas
Com guitarras e cantigas
Adeus noites bem passadas
Com bom vinho e raparigas

 



Hoje os fadistas são tratados
por artistas e aclamados
nas Revistas com ovações delirantes
Vestem do bom e por ser chique
e ser do tom, já vão à tarde
ao Odeon se as matinés são elegantes

 



Hoje o fado já não tem
A rufiagem por tema
Poliu-se, já é alguém
E até já vai ao cinema

 



O fado agora é pedido
a toda a hora é ouvido
p'lo mundo fora com alegria e agrado
e há-de chegar a Hollywood
e ter lugar pois não se ilude
quem pensar que há-de ser grande o nosso fado

Um fado com letra de Luiz da Silva Gouveia, música do "Fado do estudante" do filme "Canção de Lisboa" (1933),do repertório de Joaquim Pimentel, interpretado por Fernando Farinha.

Outras versões do mesmo Fado

Fado do Estudante
00:00 / 02:22

Intérprete: Vasco Santana

Letra: José Valério

raul+ferrao.jpg

Pequena biografia do compositor:                                                                                                                                                                                                                                                             Raúl Ferrão

(Lisboa, Santos-o-Velho 25 de outubro, 1890 —30 de abril, 1953)

Foi um militar e compositor português.

Frequentou o Colégio Militar entre 1901 e 1907. Chegou a tenente-coronel do

Exército e foi professor na Academia Militar. A música era um hobby.

Escreveu música para centenas de peças de teatro e revistas e para alguns

dos mais aclamados filmes portugueses. A ele se deve o maior êxito mundial

da música portuguesa: "Coimbra", também conhecida como "Avril au Portugal"

e "April in Portugal", celebrizada em todo o mundo por Amália Rodrigues, Coimbra

Cochicho, As Camélias, Burrié, Velha Tendinha, Rosa Enjeitada, Ribatejo.

Escreveu ainda canções para os filmes A Canção de Lisboa, Maria Papoila,

A Aldeia da Roupa Branca e A Varanda dos Rouxinóis; e escreveu música para

operetas como A Invasão, Ribatejo, Nazaré, Colete Encarnado ou Senhora da Atalaia.

Foi o pai de Ruy Ferrão, realizador e produtor televisivo. O seu nome perdura na toponímia portuguesa, em nomes de arruamentos.

 

 

Fontes de informação:

 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Raul_Ferr%C3%A3o

 

 

Última atualização: Novembro/2015

raul portela.jpg

Pequena biografia do autor

                                                                                                                                                Raúl Portela

Na Urbanização do Alto do Chapeleiro, Caxias,  nasceu em 1991 a Rua Raúl Portela,

na Rua E, com a legenda «Compositor Musical/1889 – 1942», através do Edital

de 28 de Agosto de 1991, por sugestão de Luiz Francisco Rebello enquanto membro

da Comissão Municipal de Toponímia.

Raul Portela Santos (Lisboa/1889 – 20.08.1942/Caxias) fez os seus estudos no

Reformatório Central de Lisboa em  Caxias, onde acabou por aos 20 anos ser o

professor e o maestro da Banda. Também ensaiou os coros da Tutoria da Infância

e foi regente da Banda do Grémio Literário e do Orfeão de Vila Franca de Xira, 

dos Bombeiros de Paço de Arcos, entre outras.

Na música ligeira foi o autor de canções que se tornaram clássicos como o fado-marcha Lisboa Antiga, com letra de José Galhardo e Amadeu do Vale, estreada por Hermínia Silva em 1932, na revista Pirilau, no Teatro Politeama, mas também interpretada por Amália Rodrigues(1953) e que ao ser incluída no filme Lisbon (1956) pela voz de Anita Guerreiro contribuiu para o sucesso internacional do tema, sendo que a versão instrumental de Nelson Riddle (1955) já havia sido n.º 1 nos E.U.A. e permaneceu 24 semanas no Top, a que seguiram inúmeras versões internacionais como a de Carlos Galhardo (1956), Gloria Lasso (1957), Ray Conniff (1961) ou Los Indios Tabajaras  (1965).

Foram também sucessos de Raul Portela a Triste Feia por Zulmira Miranda, nos anos vinte do séc. XX, para a revista Tic Tac ou o fado-fox-trot Nota Falsa (1925) para a revista Rataplan, sendo um dos mais prestigiados compositores da época, em paralelo com Frederico ValérioRaúl Ferrão ou Frederico de Freitas, sendo o autor do Fado Magala, e dos fados Perna de Pau ou Bagdad.

Refira-se também  a música que produziu para filmes: algumas canções para Bocage (1936), de Leitão de Barros com argumento de Rocha Martins;  a banda sonora do filme As Três Graças (1937) – a versão espanhola do filme Bocage -por Leitão de Barros; o fado do Zé Ninguém e outras canções para o filme Maria Papoila (1937), de Leitão de Barros; a música de Aldeia da Roupa Branca (1938), com letra de Ramada Curto para o filme homónimo de Chianca de Garcia, à excepção de dois fados; e toda a banda sonora de  O Pai Tirano (1941), de António Lopes Ribeiro, com Fernando Carvalho. Também, em parceria com Raúl Ferrão, fez os sucessos Coimbra é uma lição, assim como A Canção de Lisboa ou Fado do Estudante (1932), para o filme de Cottineli Telmo.

Raúl Portela foi pai de Hermes Portela em 1917 e faz parte também da toponímia de Caxias.

Fonte de informação:    

https://toponimialisboa.wordpress.com/2018/10/22/raul-portela-do-fado-lisboa-antiga-numa-rua-do-alto-do-chapeleiro/

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