top of page
Fado Portugal

Um Fadista
Letra:            Gabriel de Oliveira

Música:         Manuel Soares Portugal
Intérprete:     Frutuoso França

 

Um bom fadista numa revista com galhardia

Sempre que canta põem na garganta mais melodia

Deve cantar sem vacilar uma cantiga

Num lindo Fado muito arrastado à moda antiga

Não é actor mas tem valor, nobreza e calma

Quando a cantar sabe arrancar pedaços de alma

Não é actor mas tem valor, nobreza e calma

Quando a cantar sabe arrancar pedaços de alma

Um bom fadista é um artista perante o povo

Deve mostrar, quando a cantar um estilo novo

Um Fado antigo é um amigo por nós eleito

Ninguém o esquece pois bem merece todo o respeito

Dizem agora que o Fado outrora era canalha

Sim, foi cretino por ser motivo de quem trabalha

Dizem agora que o Fado outrora era canalha

Sim, foi cretino por ser motivo de quem trabalha

Intérprete:      Frutuoso França

Título:            Um Fadista

 

Autor da Letra:       Gabriel de Oliveira
Autor da Música:    Manuel Soares Portugal

Guitarra Portuguesa:      António Chainho e

                                       Armindo Fernandes

Viola de Fado:                José Maria Nóbrega

Viola-baixo:                    Pedro Nóbrega

   

 

Data da 1ª edição:  1979

Editora: "Alvorada"

Ref. LP S 50 113

​​​

gabriel de oliveira.jpg

Fado Portugal

Composto pelo cantador Manuel Portugal (? - 1964)

Pequena biografia do poeta:

                                                                                                                                           Gabriel de Oliveira
​Gabriel de Oliveira terá nascido em 1891, segundo se pensa em Lisboa. Morreu na

Figueira da Foz em 1953.  
Em 1909 assentou praça na Marinha de Guerra como aluno, tendo completado o

curso de artilheiro. Combatente da Primeira Guerra Mundial como artilheiro, foi

condecorado com a medalha da Vitória. A sua alcunha de marujo surge, pois, da

sua profissão. 
 
De estatura imponente e grande valentia, participou activamente no apoio a Sidónio

Pais, fazendo comícios no Largo da Guia, na Mouraria. Terá mesmo posto ao serviço

deste político alguns barcos, o que lhe valeu outra alcunha, a de marujo almirante.

Mais tarde entra para a Intendência, onde exerce as funções de fiscal. 
 
Manteve uma longa ligação com a cantadeira Natália dos Anjos. Das suas composições contam-se algumas das mais clássicas letras do repertório fadista como é o caso de Igreja de Santo Estêvão, para ser cantado por Joaquim Campos (com o qual frequentemente trabalhou) na famosa composição deste Fado Vitória, e Café das Camareiras, com letra e criação de Alfredo Marceneiro a quem também se deve a música para Senhora do Monte, que após ter sido um sucesso na voz de Marceneiro, o foi igualmente na interpretação de Carlos Ramos. Ainda para música de Marceneiro (a Marcha do Alfredo), escreveu Há Festa na Mouraria, criado por este, e que teve grande êxito também cantado por Amália, gerador de outros temas como «a Rosa do Capelão», «a procissão da Senhora da Saúde», entre outros. 
 
Inspirando-se alegadamente ao gosto do rei D. Carlos pela guitarra e pelo Fado, escreveu a letra do Fado, O Embuçado. Originalmente criada por Natália dos Anjos, a música foi composta pelo guitarrista José Marques Piscalarete, que lhe deu o título de Fado Natália que, como tema musical, entraria igualmente no repertório fadista com outras letras. Os restos mortais de Gabriel de Oliveira repousam na Cripta dos Combatentes da Grande Guerra, em Lisboa. 
 
 
Fonte de informação: 


http://www.portaldofado.net/content/view/2801/327/ 

 


 
Última actualização: Novembro/2012

Pequena biografia do intérprete:

                                                                                                                                                  Frutuoso França

Nasceu em Lisboa no bairro de Alcântara em 1912, tendo começado a cantar o fado muito

jovem...

 

Participou nas sociedades de recreio, onde também fez teatro dra­mático, participou em

cegadas, estreando-se numa da autoria de Carlos Conde intitulada «Carnaval da Vida».

Cantou nos antigos retiros Perna de Pau e Ferro de Engomar, na Adega Vitória, no Café

dos Anjos, no Retiro da Severa, no Solar da Alegria, no Café Mondego, no Café Ginásio

e no Café Luso (da Avenida).

Em 1936 iniciou a sua carreira de cantador profissional, no Café Luso (da Avenida) e também quando este foi transferido para a Travessa da Queimada, onde ainda hoje existe.

Participou nas revistas "Iscas Com Elas" e "Dança da Luta" (1938) levadas à cena no Teatro Apolo, conquis­tando o público com o seu estilo castiço e com as letras dos seus fados.

Em 1950 parte para Angola, onde permaneceu durante dez anos a trabalhar na sua profissão de cortador de carnes, mais tarde na Rodésia, África do Sul e Holanda.

Regressa a Portugal em 1976, e reinicia a sua actividade de cantador, actuando em festas, em casas típicas, na televisão e na rádio.

É dos fadistas que tem todo o seu repertório gravado em discos,  nos quais inclui fados com músicas da sua autoria como Anabela, Amigos São Inimigos, O Mineiro, Doutora Inocente, Diálogo em Sentido Figurado, Coisas da Vida, Salve!, Vê-te ao Espelho e Eterno Amor de Mãe, O Sábio e o Barqueiro, Fado Cadillac, Maria da Paixão, Contraste, Não Com­preendo, etc., para além de outros autores.

Dos cerca de 30 fados cantados por Frutuoso França, um dos que tiveram maior audiência foi “O Médico e a Duquesa”, com música sua e letra de Joaquim M. S. Teixeira.

Fonte de informação:   

 

Portal do Fado - Frutuoso França

frutuoso.jpg
guitarra.jpg
guitarra.jpg

Todos os Fados do Site

Todos os Fados do Site

Início

Início

bottom of page