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Fado Évora

Chamou-me Louco
Letra:           Francisco J. Marques
Música:        Joaquim de Freitas
Intérprete:    Joaquim Silveirinha
 

 

 

Ao principio disse: és louco
Procura outra, não eu   (bis)

Mas depois a pouco e pouco
Foi ela que enlouqueceu   (bis)

 

 

 
Ao principio disse: és louco
O teu amor não me importa   (bis)

Nem nunca te darei troco
Vai bater a outra porta   (bis)

Para mim vens de carrinho
Procura outra, não eu   (bis)

E talvez nesse caminho
Encontres outro amor teu   (bis)

 

 


E sempre a dizer: és louco
Não creio nessa paixão   (bis)

Mas depois a pouco e pouco
Já não dizia que não   (bis)

 

 

 
E num dia abençoado
Já me chamava amor seu   (bis)

E após um beijo trocado
Foi ela que enlouqueceu   (bis)

joaquim silveirinha.jpg

Pequena biografia do intérprete:

​                                                                                                                                               Joaquim Silveirinha

Joaquim Silveirinha nasceu em Lisboa, no bairro da Madragoa, no dia 25 de Fevereiro

de 1925.

Conforme ele próprio confessou: "Já em miúdo, quando jogava o peão e a bola de trapos,

ia cantando o Fado". (cf. Guitarra Portugal 15 Abril 1947)

Estreou-se como amador nos "Vendedores de Jornais Futebol Clube" aos 18 anos,

começando a ir a Festas de Benefício, passeios e almoços “fora de portas”.

"Sinto-me melhor nos arredores a cantar para amigos. Adorei um almoço em Colares

onde fui delirantemente aplaudido" (cf. Guitarra Portugal 15 Abril 1947)

Concorreu ao “Concurso de Outono”, levado a efeito pelo jornal “Canção do Sul” e,

contrariando o pai, enveredou pela carreira artística.

Sem nunca deixar a sua profissão de Mecânico de Construção Naval e, nas horas vagas,

Motorista de Praça, Joaquim Silveirinha tornou-se profissional do Fado em 22 de Dezembro de 1945, no “Retiro dos Marialvas”.

Sobre o seu repertório pessoal disse:

"Canto Domingos Silva, José Almeida Rodrigues, Delfim Silva e António Augusto Ferreira. Não tenho letras de poetas consagrados. Tenho promessas de João da Mata (que tem desculpa devido à doença), Carlos Conde, Francisco Radamanto. Tenho uma letra de Sá Esteves e outra de J. S. Caperta. (...) O artista não pode brilhar sem um bom repertório. Mas ainda o Júlio Guimarães disse hoje que muitos poetas não escrevem porque têm sido prejudicados. Há uma falta de respeito pelos autores." (cf. Guitarra Portugal 15 Abril 1947)

Gravou vários discos, a solo ou em conjunto com outros colegas (Natércia da Conceição, Fernando Farinha, Luísa Salgado, Estela Alves), sendo acompanhado por nomes como Álvaro Martins e Raul Nery e Armandinho (Guitarra), José Maria de Carvalho, Castro Mota e Júlio Gomes (Viola).

No seu percurso artístico destaca-se também a passagem pela rádio, tendo cantando no Rádio Clube Português, Rádio Graça, Rádio Peninsular, etc.

Faleceu a 24 de Abril de 1975 e está sepultado em Jazigo no Cemitério dos Prazeres.

Fontes de informação:
 

“Guitarra de Portugal”, 15 de Abril de 1947;
“Ecos de Portugal”, 01 de Maio de 1951

Última actualização: Maio de 2008

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00:00 / 03:01

Intérprete: Lenita Gentil

Letra: Pinto Ribeiro

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