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Fado Maria Rita

Jogo de Sedução
Letra:             Mário Raínho

Música:          Armando Machado

Intérprete:      António Zambujo

Naquele tempo, nós dois
Tínhamos manhãs de sóis
Dias tristes eram poucos;
Nessa era adolescente
Éramos dez reis de gente
Mas completamente loucos

 

Enquanto no céu bailavam
Andorinhas que chegavam
Antecedendo o verão
Nós, descuidados, brincando
Sem querer íamos jogando
Um jogo de sedução

 

Entre beijos escondidos
E desejos proibidos
Como fosse fogo posto
Pelas minhas graças mais tolas
Ramalhetes de papoilas
Vinham poisar em teu rosto

 

Que memória, que loucura
Me transporta hoje à lonjura
De verdes campos, lençóis
Deixai-me sombras de infância
Contar a esta distância
Naquele tempo nós dois

Intérprete:      António Zambujo

Título:            Jogo de Sedução

 

Autor da Letra:               Mário Raínho
Autor da Música:            Armando Machado

Guitarra Portuguesa:     José Manuel Neto

Viola de Fado:               Carlos Garcia (Cajé)

Contrabaixo:                  Ricardo Cruz

 

Data da 1ª edição:  2002

Editora: "Música Alternativa"

Ref. MA 035 CD

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Fado Maria Rita

Composto por Armando Machado (1899 - 1974)

Esta designação deriva do facto de Armando Machado, de seu nome completo Armando Artur da Silva Machado, ter dedicado este Fado a sua filha Maria Rita que ainda hoje, com seu irmão Filipe, dirigem essa prestigiada casa de Fados que é a "Adega Machado", no Bairro Alto, em Lisboa.

Pequena biografia do autor:

                                                                                                                                              Armando Machado

Armando Artur da Silva Machado, nasceu, em Lisboa, em 1899, cidade onde viria a

falecer em Fevereiro de 1974.

Começou a tocar viola nos solares e palacetes, dos arredores de Lisboa, em 1924,

actuando em quase todos os recintos de Fado lisboetas, nomeadamente,

"Adega Mesquita", "Farta-brutos" e "Café Luso".

Em 1935, juntamente com o guitarrista Fernando Freitas e a cantadeira

Maria Albertina, actua na Exposição Universal de Paris, espectáculo a que assistiu

a Rainha D. Amélia ( no exilo ).

Em 1937, funda a "Adega Machado", na altura a segunda casa de Fado no Bairro Alto,

a primeira a apresentar espectáculos diários, e que ainda hoje se mentem em plena

actividade, pela mão dos seus filhos ainda vivos, Filipe e Maria Rita Machado!

Compôs várias dezenas de temas, entre eles os Fados "Súplica", "Licas", ( dedicado a um dos seus filhos ), "Pipas", "Maria Rita" ( dedicado a sua filha com o mesmo nome ), "Lurdes", ( dedicado a sua esposa, a cantadeira Maria de Lurdes Machado ), "Santa Luzia" e o conhecido "Bolero do Machado" ( Cigano da Fronteira ), que foi disco de ouro em 1957, em S. Paulo ( Brasil ), numa gravação de Cidália Meireles, acompanhada pela Orquestra de Mantovani.

Armando Machado, foi sem duvida, um dos maiores compositores que o Fado conheceu, sendo os seus fados dos mais cantados actualmente, por quase aqueles que interpretam o Fado!

Fontes de informação:

 

“Histórias do Fado – A Capital" e investigação G-Sat.

 

O violista Armando Machado nasceu em Lisboa, em 1899, cidade onde veio a falecer em 1974.

Começou a tocar viola nos solares e nas festas em Lisboa e arredores.
Em 1924 profissionaliza-se, tendo tocado praticamente em todos os recintos onde houvesse Fado, da época.
Em 1937 fundou a Adega Machado no Bairro Alto, que foi a segunda casa do género no bairro, mas a primeira a dar espectáculos diários.
Foi autor de vários temas musicais para Fado, tais como, Fado Súplica, Fado Cunha e Silva, Fado Licas, Fado Maria Rita, Fado Lourdes e o célebre Bolero Cigano da Fronteira.

Conheceu e casou-se com uma linda moça, Maria de Lourdes, de profissão enfermeira, natural de Lisboa, onde nasceu em 1915, na freguesia do Socorro, tendo falecido também em Lisboa em 1999.
Maria de Lourdes Machado e Armando Machado, tiveram 5 filhos, 4 rapazes e uma rapariga, o Armando José (Licas) que era afilhado do Gonçalves dono de "O Ginjal", a Maria Rita, era afilhada de Amália Rodrigues, o Filipe teve como padrinho Filipe Nogueira (pai) e o Carlos Manuel foi apadrinhado por Adelina Ramos e seu marido, o António Tomaz Machado, (o Tricas para a família e amigos) era afilhado do artista plástico Tomaz de Melo (TOM) e também de Amália.

Maria de Lourdes Machado abandona a sua carreira de enfermeira para cuidar dos filhos e fica também, ao lado do marido na gerência da Adega Machado, tendo começado a cantar Fado, logo com grande sucesso, pois tinha uma bonita voz, presença e cantava muito bem.
Quando o seu filho mais velho o Armando José (apelidado carinhosamente como Licas), foi mobilizado para o Ultramar, Maria de Lourdes pede a João Linhares Barbosa, que lhe escreva um poema que exprima a sua dor de mãe, que teve o título de (Fé e Coragem Meu Filho). O pai Armando Machado faz a música já referida, Fado Licas.
(...)

 

Fonte de informação:

http://www.portaldofado.net/content/view/2876/327/

Última actualização:  Junho/2012

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Pequena biografia do intérprete:

                                                                                                                                                   António Zambujo

Cresceu a ouvir o cante alentejano. A harmonia das vozes, a cadência das frases e o

tempo de cada andamento, foram para sempre uma influência. Nascido em Beja, em

1975, António Zambujo começou a estudar clarinete com 8 anos, estreando-se no

Conservatório Regional do Baixo Alentejo.

Ainda pequeno, apaixonou-se pelo Fado e pelas vozes de Amália Rodrigues, Maria

Teresa de Noronha, Alfredo Marceneiro, João Ferreira Rosa, Max entre muitos outros.

Estava habituado a cantar em família e entre amigos, e aos 16 anos chegou mesmo a

ganhar um concurso de fado.

Com o curso de clarinete na bagagem, ruma a Lisboa, onde Mário Pacheco, intérprete

e compositor de guitarra portuguesa lhe abre a porta do conhecido Clube do Fado, no

bairro de Alfama, onde passou a tocar.

Pouco depois, integra o musical Amália, dirigido por Filipe La Féria. Durante os quatro anos que o espectáculo esteve em cartaz – primeiro no Teatro Politeama, depois um pouco por todo o país –, Zambujo interpreta o papel de Francisco Cruz, o primeiro marido de Amália.

"O mesmo fado" (2002), o seu primeiro trabalho é editado pela Ocarina. As influências musicais do Alentejo são marcantes e há mesmo alguns fados compostos por si. Outros são de conhecidos poetas do universo fadista como José Luís Gordo ou Mário Raínho. Na sequência do êxito de O mesmo fado recebe o prémio de ‘Melhor Nova Voz do Fado’, já atribuído pela Rádio Nova FM a intérpretes como Mariza, Camané ou Mafalda Arnauth.

Em 2004, começa a cantar na Casa de Fado Sr. Vinho. E além dos concertos em Portugal, apresenta-se com regularidade em cidades como Toronto, Paris, Santander, Sarajevo, Zagreb.

Edita o seu segundo disco, "Por meu cante", no qual aprofunda as raízes alentejanas, recuperando temas do Cancioneiro de Beja, fundindo-as com novas tendências do fado. Para este trabalho conta com a colaboração dos músicos Paulo Parreira (guitarra portuguesa) e Ricardo Cruz (contrabaixo).

Em 2006 recebe o Prémio Amália Rodrigues (atribuído pela Fundação Amália Rodrigues) na categoria de "Melhor Intérprete Masculino de Fado" e é convidado pela Fundação Calouste Gulbenkian para o Festival Atlantic Waves, em Londres. No mesmo ano e juntamente com Carla Pires e Liana, participa na Festa do Avante, na homenagem ao compositor Alain Oulman, grande responsável por alguns dos maiores sucessos de Amália Rodrigues.

No ano seguinte, no Verão, é convidado para encerrar a "Festa do Fado" do Castelo São Jorge. E em Setembro lança o seu terceiro álbum, "Outro Sentido", com produção musical de Ricardo Cruz e a participação especial das Vozes Búlgaras Angelite. Em 2008, esse álbum é editado na Europa e nos Estados Unidos pela editora ‘Harmonia Mundi', sob a etiqueta da sua filiada ‘World Village'. Os concertos pela Europa continuam. "Outro Sentido" é considerado pela revista Songlines Top of the World Album.

Em 2010 apresenta, no Teatro Municipal São Luiz, o seu quarto disco "Guia". São interpretados originais de compositores e letristas nacionais e brasileiros tais como Vinicius de Moraes, Márcio Faraco, Pierre Aderne, Rodrigo Maranhão, Ricardo Cruz, o próprio Zambujo, João Gil, João Monge, Aldina Duarte, José Agualusa, Maria do Rosário Pedreira, Pedro Luís entre outros. A revista britânica Songlines escolhe "Guia" como Top of the World Album e pela segunda vez consecutiva, António Zambujo vê o seu trabalho distinguido por esta publicação especializada em World Music.

Figura também nas mais importantes listas nacionais e internacionais dos melhores discos de 2010:

2º Melhor disco nacional – escolhas de Nuno Pacheco – Ípsilon Publico

3º Melhor disco nacional – BLITZ

3º Melhor Álbum - http://lusotunes.blogspot.com/ - Divulgação de música Lusófona

4º Melhor disco nacional – Jornal de Letras

Os 50 discos de 2010 – Revista Mondomix – França

Top of the World Album – Songlines – Inglaterra

Melhor Álbum de 2010 – Sopa de Pedra

Em 2011, após dividir o palco do Centro Cultural do Olga Cadaval com o trompetista Laurent Filipe, segue-se uma tour pela Europa, América do Sul e América do Norte. O Verão desse ano é marcado participação nos mais importantes festivais de World Music nacionais e, em Junho, é convidado a apresentar-se na Festa do Fado, no Castelo de São Jorge. Outubro foi o mês em que Zambujo leva a sua música ao importante Tourcoming Jazz Festival, em França, para de seguida fechar o mês com a atuação no 25º Festival de Música de Macau.

Editado em Abril de 2012, «Quinto», a primeira aventura discográfica do fadista sob a chancela da Universal Music Portugal, entrou directamente para o 2º lugar do top nacional de vendas.

Resultante de um concerto ao vivo no Coliseu de Lisboa, Zambujo lança, em 2013, "Lisboa 22:38 - Ao Vivo no Coliseu" e, um ano depois "Rua da Emenda".

A sua ligação ao Brasil, resultante das suas múltiplas viagens ao país e da colaboração com os seus artistas, fá-lo lançar "Rua da Emenda (2014), já com alguma sonoridade da música brasileira e, em 2016, "Até pensei que fosse minha", um disco de homenagem a Chico Buarque.

Dois anos depois, "Do Avesso" garante-lhe o Prémio José Afonso. Segundo o júri, este disco representa "não só a continuação do percurso extremamente coerente de António Zambujo, mas também um ponto alto pela confirmação das suas qualidades interpretativas e a grande inspiração criativa que revela".

 

Fonte de informação:

Sons em Trânsito

http://www.antoniozambujo.com/

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/do-avesso-de-antonio-zambujo-e-o-premio-jose-afonso-2019_n1188929

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