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Fado Pechincha

Fado Pechincha

Letra:               Maria Teresa de Noronha
Música:            João do Carmo Noronha
Intérprete:        Luz Sá da Bandeira

 

 

Vem comigo passear

À noite à luz das estrelas

Para ver as coisas mais belas

De Lisboa à beira mar   (bis)

E anda ver da vez primeira

A Madragoa das trinas

E a das lindas varinas

A caminho da ribeira   (bis)

Depois é só dar um salto

E como queremos bailado

Ceamos no Bairro Alto

Ouvimos cantar o Fado   (bis)

Foi ali onde a Severa

Cantou o Fado e viveu

Mas o Fado dessa era

Morreu quando ela morreu   (bis)

Vamos na Alfama acabar

E esta noite que vivi

É lá que eu quero cantar

O fado só para ti   (bis)

Intérprete:      Luz Sá da Bandeira

Título:            Fado Pechincha

 

Autor da Letra:          Maria Teresa de Noronha
Autor da Música:       João do Carmo Noronha

Guitarra Portuguesa:     João Torre do Vale Zina

Viola de Fado:               Fernando Alvim

 

Data da 1ª edição:  1997

Editora: "Movieplay"

Ref. CD Mov 30 361​​

Outras versões do mesmo Fado

Fado Pechincha
00:00 / 02:15

Intérprete: Isabel de Oliveira

Letra: João Linhares Barbosa

Fado Pechincha
00:00 / 02:09

Intérprete: Carlos Zel

Letra: João Linhares Barbosa

Meu Nome Baila no Vento
00:00 / 02:08

Intérprete: Celeste Rodrigues

Letra: José Luís Gordo

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Fado Pechincha

Composto pelo guitarrista João do Carmo Noronha (1878 - 1958)

De seu nome completo João Bernabé de Noronha, era primo direito do pai da grande intérprete de Fado que foi Maria Teresa de Noronha. O sobrenome de Carmo era usado por todos os membros da família e, pelos vistos, João do Carmo Noronha não escapou a esta regra.

Desconhece-se qual a origem do nome deste Fado.

João do Carmo Noronha foi dos primeiros a gravar fados em disco. A sua guitarra foi oferecida a Vicente da Câmara, como presente de casamento. Autor de vários fados que hoje são considerados clássicos como: 
Fado João, Fado Pechincha , Malmequer pequenino, entre muitos outros.

D. João Barnabé de Noronha era filho de D. José Tibúrcio António do Carmo de Noronha e Elvira Clara Tomazini.

Marido de Paulina de Chelmicki Liebermeister. Irmão de D. António Caetano do Carmo De Noronha e D. Francisca do Carmo de Noronha 

Data de nascimento:11 Junho 1878

Local de nascimento:Santa Isabel, Lisboa, Lisboa, Portugal 

Falecimento: 1958

Pequena biografia da poeta:

                                                                                                                                        Maria Teresa de Noronha

Maria Teresa do Carmo de Noronha de Guimarães Serôdio tratada carinhosamente

por Baté, nasceu em Lisboa, na freguesia de S. Sebastião da Pedreira, a 17 de

Setembro de 1918. Filha de Dom António Maria Sales do Carmo de Noronha e de

Dona Maria Carlota Appleton de Noronha Cordeiro Feio, Maria Teresa de Noronha

descendia  dos condes de Paraty. Fidalga por nascimento viria a tornar-se Condessa

de Sabrosa a 17 de Dezembro de 1947, pelo casamento com o terceiro conde desse

título, Dom José António Barbosa de Guimarães Serôdio, guitarrista amador e

compositor.
Ainda muito nova começou a cantar em festas de família e de amigos. Maria Teresa de

Noronha aliava às características particulares do timbre da sua voz uma educação

musical de piano e canto, fazendo parte do coro do maestro Ivo Cruz, e um estatuto

social que lhe permitiu ter um percurso de carreira fora do circuito das casas de fado,

essencialmente centrado nas suas interpretações ao vivo na rádio.
Ensaiada pelo guitarrista Fernando Freitas e pelo violista Abel Negrão iniciou na Emissora Nacional um
programa quinzenal, em 1938, apresentado por Dom João da Câmara, composto por quatro fados e uma
guitarrada que se manteve em emissão durante vinte e três anos consecutivos, até ao dia em que a fadista
decidiu retirar-se da vida artística, em 1962.
É no contexto deste programa de rádio que Maria Teresa de Noronha atinge uma popularidade crescente,
tornando-se numa figura emblemática de um género a que se convencionou chamar “Fado Aristocrático”.
Com o seu timbre peculiar ousou cantar temas do fado de Coimbra numa altura em que este estava reservado às vozes masculinas.
Foram vários os instrumentistas que a acompanharam nos seus programas, porque Maria Teresa de Noronha era muito rigorosa e exigia muita qualidade e profissionalismo. Por exemplo com o guitarrista Raul Nery colaborou ao longo de vinte anos, chegando mesmo a fazer com ele uma deslocação a Espanha em 1946.
Foram poucos os espectáculos e digressões em que Maria Teresa de Noronha participou. De entre as actuações no estrangeiro são de referir as que efectuou, em Junho de 1946, no Festival da Feira do Livro de Barcelona e em Madrid, a convite do Governo espanhol. Ainda nessa mesma década de 1940 viajou até ao Brasil, por ocasião da voo de inauguração entre Lisboa e o Rio de Janeiro.
Duas décadas mais tarde, a fadista apresentou-se em actuações no Principado do Mónaco, para a família real e, em 1964, já depois de ter abandonado a actividade artística, deslocou-se a Londres para cantar na
Embaixada e na Casa de Portugal, bem como na BBC (rádio e televisão), acompanhada pelo conjunto de
guitarras de Raul Nery.
Maria Teresa de Noronha apresentou-se algumas vezes em programas da RTP, dois desses programas, um de 1959 e outro de 1968, foram editados, pela Videofono, numa cassete vídeo sob o título “Recordando Maria Teresa de Noronha” que constitui um documento extremamente importante sobre uma das fadistas mais importantes de todo o século XX português.
O primeiro disco da sua carreira, com o tema “O Fado dos Cinco Estilos” foi gravado em 1939, na antiga
Emissora Nacional, seguindo-se mais alguns exemplares em formato 78 RPM. A fadista continuará a gravar
com alguma regularidade, editando o seu último LP em 1972.
Maria Teresa de Noronha baseou o seu repertório nos fados castiços que mais apreciava, em detrimento do
fado canção, interpretando poemas muitas vezes recolhidos no seu universo familiar, como é o caso dos
temas “Fado das Horas”, “Sete Letras” e “Fado de Rio Maior”, todos de autoria de D. António de Bragança.
A fadista tornou também grandes êxitos junto do público o “Fado da Verdade”, o “Fado Hilário” e o “Fado
Anadia”, que na sua voz e dicção perfeita ganhavam uma qualidade de interpretação que rivalizava com os
temas mais populares do seu repertório, caso de “Minhas Penas” ou “Pintadinho”, entre outros.
Em 1974 no Picadeiro, em Cascais, onde fora ouvir Manuel de Almeida, este pediu-lhe que cantasse e, pela
última vez, a sua voz foi ouvida num espectáculo público.
Depois dessa data, só os mais íntimos, em privado, a ouviram. Maria Teresa de Noronha faleceu na sua casa, em Sintra, no dia 5 de Julho de 1993, vítima de doença prolongada.

 

Fonte de informação:
 

http://www.museudofado.pt/personalidades/detalhes.php?id=346


 

Última actualização: Abril/2008

Velha Mouraria
00:00 / 02:16

Intérprete: Lenita Gentil

Letra: João Linhares Barbosa

Passeio Fadista
00:00 / 02:53

Guitarra:   Ângelo Freire

Viola:        Flávio César

Baixo:       Paulo Paz

Intérprete: Maria Emília

Letra: Alberto Rodrigues

Por Isso É Que o Fado É Triste
00:00 / 02:39

Guitarra:   Francisco Carvalhinho

Viola:        Martinho d'Assunção

Baixo:       Joel Pina

Intérprete: Fernanda Maria

Letra: Maria Teresa de Noronha

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