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Fado Cunha e Silva
Fado Cunha e Silva
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Edited Image 2013-3-23-0:59:22

Ferro de Engomar

Letra:            Lima Brumond
Música:         Armando Machado
Intérprete:     Fernanda Maria

Perdão... façam favor de me dizer
Se viram por aí, o velho fado
Um tipo da boémia e do prazer
Assim um tudo nada, já cansado

Vestia calça justa e uma samarra
Chapéu à Marialva e bota branca
Eu vinha cá, trazer-lhe uma guitarra
P’ra irmos ainda hoje a Vila Franca

Pois eu já percorri Alfama inteira

e não o vi
Subi ao Bairro Alto e ao Charquinho

dei um salto
Já fui à Madragoa, já percorri meia Lisboa
E ainda, se calhar bato pró Ferro de Engomar

Pois bem, vou até à Mouraria
Que tristonha, que sombria,

a Moirama está agora
E ali nas vielas do passado,

já ninguém conhece o fado
Ninguém sabe onde ele mora

Eu tinha combinado, ir hoje aos toiros
Os dois, eu mais o fado, de tipóia
E o nosso matador, o mata moiros
Levava-nos à noite para rambóia

Cear no Bacalhau, como é costume
Ali, de canjirão e banza ao lado
O fado, que anda cheio de ciúme
Faltou-me desta vez, ao combinado

Outras versões do mesmo Fado

Ferro de Engomar
00:00 / 04:53

Intérprete: Carlos Pegado

Letra: Lima Drumond

Ferro de Engomar
00:00 / 05:04

Intérprete: João Pedro

Letra: Lima Drumond

Ferro de Engomar
00:00 / 05:17

Intérprete: Maria Amélia Proença

Letra: Lima Drumond

Perfeito Pecado
00:00 / 05:29

Guitarra:   Luís Guerreiro

Viola:        Carlos Manuel Proença

Baixo:       Francisco Gaspar

Intérprete: Maria Emília

Letra: Mário Raínho

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Fado Cunha e Silva

Fado da 1ª geração, em modo maior, de textura muito simples, cantado em estrofes de quadras, com versos de sete sílabas ( redondilha maior ).

Foi composto pelo violista e compositor, Armando Machado, e tem uma história pitoresca, não só por todas as razões que estiveram na base da sua criação, como também pelo facto de ter sido a raiz de outro Fado!

O seu compositor, criou inicialmente a primeira parte reproduzida neste tópico, dedicando o tema a uma bailarina espanhola, de seu nome Aracélia ( Aracy ou ainda Aracely ), ligada a um cliente muito especial da sua casa de Fado ( "Adega Machado" ), de nome Cunha e Silva, tendo-o feito a pedido deste seu grande amigo.

Mais tarde, e após a zanga entre Cunha e Silva e a bailarina Aracélia, Armando Machado viria a compor uma segunda parte ( refrão ), a que deu o nome de Fado Cunha e Silva, e que nos dias de hoje, é bastante ouvido e foi gravado por diversos cantadores! Assim, em vez de um, Machado acabou por criar dois fados!

O Fado Cunha e Silva é uma melodia que cumpre todas as regras para poder ser considerado um Fado Tradicional. Deste modo, no exemplo aqui apresentado, é incluída a segunda parte ( ou refrão ).

Fonte de informação:

 

Investigação G-Sat.

Pequena biografia do autor:

 

                                                                                                                                             Armando Machado

Armando Artur da Silva Machado, nasceu, em Lisboa, em 1899, cidade onde viria a

falecer em Fevereiro de 1974.

Começou a tocar viola nos solares e palacetes, dos arredores de Lisboa, em 1924,

actuando em quase todos os recintos de Fado lisboetas, nomeadamente,

"Adega Mesquita", "Farta-brutos" e "Café Luso".

Em 1935, juntamente com o guitarrista Fernando Freitas e a cantadeira

Maria Albertina, actua na Exposição Universal de Paris, espectáculo a que assistiu

a Rainha D. Amélia ( no exilo ).

Em 1937, funda a "Adega Machado", na altura a segunda casa de Fado no Bairro Alto,

a primeira a apresentar espectáculos diários, e que ainda hoje se mentem em plena

actividade, pela mão dos seus filhos ainda vivos, Filipe e Maria Rita Machado!

Compôs várias dezenas de temas, entre eles os Fados "Súplica", "Licas", ( dedicado a um dos seus filhos ), "Pipas", "Maria Rita" ( dedicado a sua filha com o mesmo nome ), "Lurdes", ( dedicado a sua esposa, a cantadeira Maria de Lurdes Machado ), "Santa Luzia" e o conhecido "Bolero do Machado" ( Cigano da Fronteira ), que foi disco de ouro em 1957, em S. Paulo ( Brasil ), numa gravação de Cidália Meireles, acompanhada pela Orquestra de Mantovani.

Armando Machado, foi sem duvida, um dos maiores compositores que o Fado conheceu, sendo os seus fados dos mais cantados actualmente, por quase aqueles que interpretam o Fado!

Fonte de informação:

 

“Histórias do Fado – A Capital" e investigação G-Sat.

 

O violista Armando Machado nasceu em Lisboa, em 1899, cidade onde veio a falecer em 1974.

Começou a tocar viola nos solares e nas festas em Lisboa e arredores.
Em 1924 profissionaliza-se, tendo tocado praticamente em todos os recintos onde houvesse Fado, da época.
Em 1937 fundou a Adega Machado no Bairro Alto, que foi a segunda casa do género no bairro, mas a primeira a dar espectáculos diários.
Foi autor de vários temas musicais para Fado, tais como, Fado Súplica, Fado Cunha e Silva, Fado Licas, Fado Maria Rita, Fado Lourdes e o célebre Bolero Cigano da Fronteira.

Conheceu e casou-se com uma linda moça, Maria de Lourdes, de profissão enfermeira, natural de Lisboa, onde nasceu em 1915, na freguesia do Socorro, tendo falecido também em Lisboa em 1999.
Maria de Lourdes Machado e Armando Machado, tiveram 5 filhos, 4 rapazes e uma rapariga, o Armando José (Licas) que era afilhado do Gonçalves dono de "O Ginjal", a Maria Rita, era afilhada de Amália Rodrigues, o Filipe teve como padrinho Filipe Nogueira (pai) e o Carlos Manuel foi apadrinhado por Adelina Ramos e seu marido, o António Tomaz Machado, (o Tricas para a família e amigos) era afilhado do artista plástico Tomaz de Melo (TOM) e também de Amália.

Maria de Lourdes Machado abandona a sua carreira de enfermeira para cuidar dos filhos e fica também, ao lado do marido na gerência da Adega Machado, tendo começado a cantar Fado, logo com grande sucesso, pois tinha uma bonita voz, presença e cantava muito bem.
Quando o seu filho mais velho o Armando José (apelidado carinhosamente como Licas), foi mobilizado para o Ultramar, Maria de Lourdes pede a João Linhares Barbosa, que lhe escreva um poema que exprima a sua dor de mãe, que teve o título de (Fé e Coragem Meu Filho). O pai Armando Machado faz a música já referida, Fado Licas.
(...)

 

Fonte de informação:

http://www.portaldofado.net/content/view/2876/327/

Última actualização:  Junho/2012

Acerca do Fado Cunha e Silva

 

O Fado Cunha e Silva nasceu de um outro fado tradicional chamado Fado Aracélia. E tudo aconteceu assim: Armando Machado, violista e compositor, proprietário da casa de fado Adega Machado, tinha um cliente e amigo, muito especial, de seu nome Cunha e Silva que, vivendo um romance com uma bailarina espanhola chamada Aracélia, lhe pediu para compor um tema musical com o objectivo de o dedicar à sua amada. Assim o fez, Armando Machado, dando-lhe o nome de Fado Aracélia em homenagem à bailarina.

 

Era uma música simples, cantada em estrofes de quadras de sete sílabas, redondilha maior.

Mais tarde, o Cunha e Silva acabou o seu romance com a bailarina Aracélia e o Armando Machado decidiu compor uma segunda parte para esse Fado, o que veio a constituir o refrão da nova peça musical, que intitulou, então, de Fado Cunha e Silva. Parece existir, apenas, a interpretação de um poema de Pedro Homem de Mello, cantado por Amália Rodrigues, na música do Fado Aracélia. Já no que respeita ao Fado Cunha e Silva é muitas vezes cantado e muitos são os fadistas que o interpretam e o gravaram.

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