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Fado Bacalhau
Fado Bacalhau
00:00 / 03:51
Edited Image 2013-3-23-0:59:22

Grata Ofensa

Letra:          Jorge Morais Rosa
Música:       José António da Silva "Bacalhau"
Intérprete:   Maria Amélia Proença

Depois que este amor ruiu,
De tudo o que mais me feriu,
E o meu maior desgosto...,
Foi tu passares a meu lado,
E num gesto disfarçado,
Por me veres, voltares o rosto!   (bis)

 


Ofensas, tive-as aos centos,
Somei desgostos, tormentos,
Que o teu amor me ofereceu...! 
E se alguém tinha motivo,
P´ra fazer um olhar esquivo
De nós dois, seria eu.   (bis)

 



Mas fico-te agradecida,
Tanto ou mais do que ofendida,
P´lo teu gesto de indiferença...!
Pois, assim sei que mal viste
Chorar, o meu olhar triste,
Ali, na tua presença!   (bis)

 

Intérprete:    Maria Amélia Proença

Título:          Grata Ofensa

Autor da Letra:           Jorge Morais Rosa
Autor da Música: José António da Silva

Guitarra Portuguesa:     Carlos Gonçalves e

                                      João Alberto

Viola de Fado:               Pedro Leal

 

Data da 1ª edição:  1968

Editora: "Rádio Triunfo"

Ref. Alvorada AEP 60. 986

Fado Bacalhau

 

Fado da 1ª geração, em modo menor, embora contenha uma leve passagem pelo modo maior, com ida à 3ª do tom!

É um Fado muito bonito e apreciado, dos mais cantados por todas as gerações de fadistas!

Numa altura em que o Fado era apenas cantado em estrofes de quadras, com versos de sete sílabas ( redondilha maior ), o aparecimento deste Fado ( o pai dos fados em sextilhas ), gerou enorme polémica, chegando alguns puristas da época a classificá-lo de Fado-canção!

No que respeita ao nome do Fado, quando no início do século XX, começaram a aparecer fados cantados neste tipo de versos, eram chamados de Bacalhaus, por serem bem grandes; logo, por essa razão, este terá tomado esse nome.

No entanto, como a sua autoria está atribuída ( embora envolta em polémica ), ao cantador e guitarrista, José António Augusto da Silva, conhecido pelo José Bacalhau, é possível e natural que o seu nome tenha derivado desse facto!

Alguns tratadistas, atribuem a autoria deste Fado a Armando Augusto Freire ( Armandinho ); contudo, em discos muito antigos ( 78 rpm ), figura o nome de J. A. Silva, pelo que tudo ponta para que a tese José Bacalhau, seja a mais credível!

Aliás, esta polémica poderá resultar do facto de, como dizia Alfredo Marceneiro, os criadores de fados não músicos ( como ele, aliás ), recorriam a Armandinho, para “arranjar” as ideias que haviam tido! Daí, e partindo de declarações do próprio Armandinho ao jornal “Guitarra de Portugal” em 1922, que se considerava autor do Fado Bacalhau, bem podem ter causado todas estas dúvidas sobre a sua autoria!

Pequena biografia do autor:

                                                                                          
Aqui deveria estar José Bacalhau

José António Augusto da Silva, nasceu em Oeiras , em 1880, tendo falecido em Lisboa, em 1935.

Cantador, guitarrista e poeta ( cantou alguns versos de sua autoria, como por exemplo, os primeiros cantados neste fado ), era conhecido no meio do Fado por José Bacalhau, por ser filho do Velho "Bacalhau de Oeiras".

Foi impressor litográfico, na Fábrica Metalúrgica de Oeiras e, mais tarde, taberneiro, em Alcântara.

Passou pela actividade jornalística, tendo sido editor do Jornal “O Fado”, do Grupo de Solidariedade Propagadores do Fado.

Logo desde pequeno que manifestou inclinação para o Fado e o foi dos primeiros cantadores a actuar em espectáculos! Terá tido a estreia no Café da Marcelina, na Rua do Merca-Tudo.

Depois, na companhia de outros saudosos cantadores, nomeadamente João Firmino dos Santos ( Espanta ), João Mulato, João da Fonseca, João Black e Fernando Telles, actuou nas célebres feiras de Alcântara e Santos.

Foi igualmente dos primeiros fadistas que gravaram para a etiqueta Odeon.

Foi na taberna, de que era proprietário, em Alcântara, que Armindo Freire, filho do célebre Armando Augusto Freire ( Armadinho ), aperfeiçoou os seus conhecimentos de guitarra.

Um dos pontos marcantes da sua carreira, foi a participação na festa de homenagem ao popular poeta João da Mata, realizada em 7 de Fevereiro de 1931, no Salão Jansen.

Fonte de informação:

Origem: "Histórias do Fado - A Capital" e Investigação G-Sat.

Outras versões do mesmo Fado

Amor de Mãe
00:00 / 04:05

Intérprete: Alfredo Marceneiro

Letra: Henrique Rêgo

Água Louca da Ribeira
00:00 / 03:04

Intérprete: Ricardo Ribeiro

Letra: Armando Varejão

Embriaguês do Amor
00:00 / 04:05

Intérprete: Valdemar Vigário

Letra: Júlio Vieitas

Fado Bacalhau
00:00 / 03:36

Intérprete: Francisco Azevedo

Letra: José Oliveira

Esta gravação data de Dezembro de 1960 e pertence à Banda 2 da Face B do disco LP de 33 R.P.M. editado pela marca “Columbia”, etiqueta da “Valentim de Carvalho”, intitulado “O Fabuloso Marceneiro”, em que o cantador Alfredo Marceneiro, acompanhado à guitarra por Francisco Carvalhinho, e à viola por Martinho d’Assumpção, interpreta variados números do seu reportório, entre eles “A Casa da Mariquinhas”, “Senhora do Monte”, “Lembro-me de Ti”, “O Amor é Água que Corre”, “A Viela” ou “Ironia”. Este é um dos mais celebrados números do seu reportório, e na minha modesta opinião, a melhor gravação discográfica de Alfredo Marceneiro, o célebre “Fado Bacalhau”, uma composição da autoria de José Bacalhau, com versos de Henrique Rego, nomeados de “Amor de Mãe”, os versos mais bonitos que eu já ouvi em toda a minha vida! Trata-se de uma verdadeira, sentida e sincera homenagem a todas as mães deste nosso Portugal, e cuja interpretação de Alfredo Marceneiro é imensamente comovente, perfeita e fora de série, fazendo com que esta seja, talvez, depois do “Cabelo Branco” e da “Casa da Mariquinhas”, a melhor gravação discográfica de todos os tempos de Sua Majestade El Rei do Fado. 

 

Uma canção que fala sobre qual é o verdadeiro significado do amor de mãe, sem tristezas exageradas nem lamentos doloridos, sómente com muito amor, coração, coragem, afecto, apreço e carinho.

O poema foi gravado originalmente em 1930 pelo célebre cantador num disco de 78 R.P.M. editado pela "Odeon", etiqueta da "Casa Cardoso", sob composição da autoria de José Preto, acompanhado à guitarra por João Fernandes, e à viola por Georgino de Sousa, segundo informações e curiosidades fornecidas pelo sr. Joaquim Silva. A melodia desta composição, o “Fado Bacalhau”, da autoria de Armandinho, conforme já foi anunciado, foi originalmente gravado pelo cantador em 1930 para a etiqueta “Odeon”, com o célebre poema “Águia”, cuja gravação original me foi enviada pelo sr. Joaquim Silva, mas que está num estado um bocado vergonhoso, e não tem condições de ser publicada em lugar nenhum, além de que está cortada no final.

 

O “Fado Bacalhau” é um dos maiores sucessos do “Fado Tradicional”, e um dos êxitos mais emblemáticos de Alfredo Marceneiro, sendo esta gravação de 1961 uma das mais ouvidas na rádio, principalmente na época do Dia da Mãe, que se celebra no dia de amanhã, o 1º Domingo de Maio, e curiosamente, o Dia do Trabalhador. Hoje, esta canção é uma das mais amadas do “Rei do Fado”, e trata-se de uma das canções da minha vida, que ilustra o que é o amor de mãe, amor esse que sinto plenamente pela minha querida mãe, que para mim foi, é e sempre será, a melhor do Mundo, o pilar principal da minha vida, uma das razões principais do meu existir, a melhor coisa que os céus me deram, e a quem dedico de coração este vídeo.

 Além disso, também dedico esta canção a todas as mães boas e excelentes que existam em todo o Mundo, estejam elas vivas ou não, tanto na Terra como no coração dos bons filhos.

Fado Bacalhau
00:00 / 03:11

Intérprete: Frei Hermano da Câmara

Letra: José Oliveira

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