

Fados Tradicionais


Fado Fininho
Fado das Juras
Letra: Pedro Bandeira
Música: Alfredo Mendes
Intérprete: Esmeralda Amoedo
Juro que nunca mais falo contigo
Juro que nunca mais te torno a olhar
E juro que serei, p'ra teu castigo
Remorso que te há-de acompanhar
Julgas que eu talvez por ti chorei
Ou saudades de amor, por ti senti
Pois eu juro que sempre te odiei
E que nem afeição senti por ti
Eu juro que hei-de rir só de pensar
Que um dia te jurei eterno amor
E juro nunca mais tornar a amar
E juro viver sempre alheia à dor
Juro que não irei no teu encalço
Juro não perdoar as tuas queixas
E juro que te estou a jurar falso
E que morro de amor, se tu me deixas
Outras versões do mesmo Fado
Intérprete: Bia Ferreirinha
Letra: Pedro Bandeira
Intérprete: Lúcia Mourinho
Letra: Pedro Bandeira

Pequena biografia da intérprete:
Esmeralda Amoedo
Sentiu cedo a vocação para cantar, punha-se ao pé da telefonia a
ouvir Fados e a cantar, mas a sua mãe, modista de profissão, não
queria que ela cantasse. Contudo a vontade era maior, e incentivada
pela vizinhança, Esmeralda recebeu um "xailinho" e todas as tardes
animava as redondezas cantando alguns dos Fados que aprendia pela
rádio. Um dia, o pai levou-a a uma festa na "Casa Apolo", uma
sociedade recreativa, onde foi incentivada por dois guitarristas a cantar.
Interpretou o "Fado Manuel Santos" e o "Fado Santa Luzia", dois dos
muitos que sabia de cor, e desde então não mais parou.
Aos 14 anos era já uma amadora de renome, facto que a levou a concorrer e a ganhar um lugar nos Serőes para Trabalhadores, na Emissora Nacional, depois de ultrapassadas algumas provas - de microfone e de gravação. Foi por esta altura que por sua iniciativa teve algumas de lições de canto com o Prof. Mota Pereira.
No seu percurso artístico Esmeralda Amoedo apresenta-se em praticamente todas as colectividades, sociedades recreativas e festas de beneficência de Lisboa e arredores e concorre a um concurso de Fados organizado pelo jornal "Ecos de Portugal".
Vence a primeira Grande Noite do Fado, organizada pela Casa da Imprensa, corria o ano de 1953, representando o bairro lisboeta de Campo de Ourique.
Colaborou no Grande Concurso de Fados em 1957, organizado pelo jornal "A Voz de Portugal".
Simultaneamente à ascensão de sua carreira, surge a oportunidade de cantar e percorrer todo o país, nomeadamente em Casinos. Estreia-se no Teatro ABC, com Ivone Silva e figurou nos principais palcos de teatro de revista, facto que vai conjugando com apresentações nas diversas casas de Fado de Lisboa e sociedades recreativas.
A primeira casa de Fado onde actua é no "Solar da Hermínia", na "Viela" e passa pela "Tágide" "Adega Machado", "Luso", "Adega Mesquita", "Toca", "Mal Cozinhado", e principais casinos do país, destacando-se o Casino da Madeira.
Uma das viagens da sua vida é a que levou ao Canadá, como artista convidada, para participar nas Festas do Senhor Santo Cristo. Outras viagens aconteceram, sendo de referir as deslocações a Austrália, Canadá, França, Bélgica, Holanda, Suiça, Alemanha.
Vence o "Microfone de Ouro" atribuído pelo Rádio Clube Português.
Comemora 50 anos de carreira em 2003, recebendo o Prémio Carreira, entregue no decorrer do Concurso da Grande Noite de Fado, no Teatro de Săo Luiz.
Em 2004 é lançado pela Metrosom o CD "Fado no S. Luiz" onde Esmeralda Amoedo revisita os seus maiores êxitos, como "Açores - nove lágrimas" letra de sua autoria.
Fontes de informação:
Museu do Fado - Entrevista realizada a 10 de Agosto de 2006.
http://www.museudofado.pt/personalidades/detalhes.php?id=299
Última actualização: a 28 de Setembro/2007



Guitarras: Armandino Maia e José Alves
Viola: Miguel Costa
Baixo: José Maria de Carvalho
Intérprete: Fernando Gomes
Letra: Pedro Bandeira



Guitarra: António Duarte Martins
Viola: Diogo Castro Ferreira
Intérprete: Sofia Ramos
Letra: Pedro Bandeira



Guitarra: Pedro Castro
Viola: André Ramos
Baixo: Francisco Gaspar
Intérprete: Teresinha Landeiro
Letra: Teresinha Landeiro