Fados Tradicionais
Fado Menor
Chorai Fadistas, Chorai
Letra: Linhares Barbosa
Música: (Popular)
Intérprete: António Rocha
Chorai, fadistas, chorai
Que a Severa já morreu
Fadistas como a Severa
Nunca o fado conheceu (bis)
Trinai, guitarras de pinho
Sinos nas torres, dobrai
Chorai, pedras do caminho
Chorai fadistas, chorai (bis)
Ponham em todas as velas
Cruzes viradas ao céu
Digam às próprias estrelas
Que a Severa já morreu (bis)
Viveu e amou em pecado
Mas sempre de alma sincera
Jamais cantarão o fado
Fadistas como a Severa (bis)
A desgraça foi a graça
Em que sempre se envolveu
Mas fadista de tal raça
Nunca o fado conheceu (bis)
Intérprete: António Rocha
Título: Chorai Fadistas, Chorai
Autor da Letra: João Linhares Barbosa
Autor da Música: (Popular)
Guitarra Portuguesa: João Alberto e
Carlos Gonçalves
Viola de Fado: José Maria Nóbrega
Viola-baixo: António Leite
Data da 1ª edição: 1967
Editora: "Marfer"
Ref. MEL 2. 079
Outras versões do mesmo Fado
Intérprete: Vasco Rafael
Letra: Vasco de Lima Couto
Intérprete: Fernando Maurício
Letra: Artur Ribeiro
Intérprete: Isabel de Oliveira
Letra: Henrique Rêgo
Intérprete: Isabel de Oliveira
Letra: Adriano Reis
Intérprete: Amália Rodrigues
Letra: Linhares Barbosa
Fado Menor
Caracterizado por ser um fado triste e melancólico, o Fado Menor, além do Fado Mouraria e do Fado Corrido, é considerado um dos três mais antigos fados do género musical e é um dos mais interpretados pelos fadistas portugueses.
Por ter apenas dois acordes, o Fado Menor, de entre os outros fados nucleares, é um dos mais fáceis de tocar. Amália Rodrigues costumava dizer que "o Fado Menor é o pai de todos os Fados".
Pequena biografia do intérprete:
António Rocha
António Domingos Abreu Rocha nasceu em Belém, Lisboa, a 20 de Junho de 1938.
Frequentou apenas a escola até completar a instrução primária, pela necessidade
de se empregar e assim ajudar nos rendimentos familiares.
Com apenas 13 anos, em 1951, ganhou um concurso de Fado organizado pelo jornal
Ecos de Portugal, mas como estava na idade da mudança de voz, só volta a cantar
passados alguns anos num restaurante da Cova da Piedade, o Riba-Mar. Nesse
restaurante é ouvido pelo Conde de Sobral que, entusiasmado com as suas
interpretações, o apresenta a Deolinda Rodrigues. A fadista apadrinha a carreira de
António Rocha, desafia-o a cantar em Lisboa, no Retiro Andaluz, e a receção que
obtém não podia ser melhor. Faz a sua estreia profissional em 1956, como contratado
deste espaço. Apesar de nessa altura estar ainda empregado numa loja de ferragens, com os êxitos que se vão somando, cedo acaba por optar pela carreira artística.
No mesmo ano em que se estreia profissionalmente faz programas de televisão, entra para a Emissora
Nacional e é convidado a gravar o seu primeiro EP, com 4 faixas, para a editora Fonomate.
Em 1959, num concurso levado a cabo pelo Café Luso, é eleito “Rei” do Fado menor, uma das formas
clássicas do Fado tradicional, que continua a interpretar como ninguém.
António Rocha assume já nesta altura um papel de relevo no panorama da música nacional, com uma
popularidade plenamente demonstrada com a atribuição do título de “Rei do Fado”, em 1967, numa votação
realizada pelo público para a revista “Plateia”.
Por esta ocasião o poeta Carlos Conde publica um poema sobre António Rocha, elucidativo da sua
popularidade por um lado e, por outro, das suas qualidades de intérprete:
“Porque encanta quando canta,
O António Rocha parece
Que tem sempre na garganta
A ternura de uma prece!
Põe na voz tal melodia
E um sabor tão requintado
Que perfuma de magia
As próprias rimas do Fado!
Conseguiu ter um reinado,
Um trono alto, uma grei;
- o Rocha tem o seu Fado,
O Fado tem o seu Rei!”
Sucedem-se os contratos para se apresentar nas mais conceituadas casas de Fado de Lisboa, os espectáculos por todo o país, actuando em restaurantes típicos e casinos, bem como as deslocações ao estrangeiro, nomeadamente aos Estados Unidos.
As apresentações em espectáculos para rádio e televisão são também uma constante e António Rocha tem
durante algum tempo o seu próprio programa radiofónico, onde apresenta uma rubrica esclarecedora das
questões dos ouvintes sobre Fado.
Nas últimas décadas o fadista continua a brilhar nos elencos das Casas de Fado de Lisboa, estando já há
vários anos no Faia. Mas as suas apresentações não se limitam ao território nacional, sendo diversas vezes
convidado a integrar festivais de música do mundo ou a realizar espectáculos em países como os Estados
Unidos, Itália, Espanha, França, Holanda e Bélgica.
Fadista consciente da importância de ter um repertório próprio, cedo constituiu o seu repertório individual,
sendo autor da maior parte dos poemas que canta e ainda de algumas das músicas.
António Rocha actuou em quase todas as Casas de Fado de Lisboa, das quais destacamos, pelo número de
anos de permanência no elenco, o Solar da Hermínia, o Timpanas e o Faia, onde faz parte do actual elenco.
Em 1996, com Beatriz da Conceição, foi convidado a integrar o projecto de Paul van Nevel e o Huelgas
Ensemble, “Tears of Lisbon”, que consistia numa recolha, realizada pelo maestro, de fados e música
portuguesa do século XVI. Para além dos inúmeros espectáculos realizados foi, também, gravado um CD ao
vivo, no Refectory of the Bijloke Abbey, em Ghent na Bélgica. Neste disco António Rocha interpreta temas
com poemas da sua autoria, como “Luz de teu caminho”, com música de Paulo Valentim, ou “Pede à noite”,
com música de Manuel Mendes.
Os espectáculos de António Rocha estenderam-se a inúmeros Restaurantes Típicos e Casinos do país, bem
como a vários locais no estrangeiro.
Destacamos, nos anos mais recentes, a sua presença nos seguintes espectáculos:
- Semana Portuguesa em Roma, em 1988;
- Noites Longas, realizadas no âmbito da Lisboa 94 – Capital Europeia da Cultura;
- Holanda, a convite do maestro Paul Van Nevel, em 1994;
- Bélgica, a convite do maestro Paul Van Nevel, em 1995;
- França, a convite do maestro Paul Van Nevel, em 1996;
- Festival de Música do Mundo, realizado em Barcelona no ano de 1997;
- Sete espectáculos realizados na EXPO’ 98;
- Festival de Música de Bruxelas, em 1998;
- Digressão por várias cidades da França e da Bélgica, em 1999;
- Encontros em la Musica, no Tenerife, em 2000;
- Festival des Bucoliques du Pays de Racan, em França, no ano de 2000;
- I e II Festival da Música e dos Portos, em Lisboa, nos anos de 2000 e 2001
- XXIII Festival Sabandeño, em 2001;
- Espectáculos no âmbito do Porto Capital da Cultura, 2001;
- Os Poetas Populares, CCB, Festas de Lisboa 2004.
O mais recente trabalho discográfico de António Rocha, “Silêncio, Ternura e Fado”, foi editado pela Ovação
em 2004. Das 12 faixas apresentadas, podem escutar-se 11 poemas do fadista.
É sócio fundador da APAF (Associação Portuguesa dos Amigos do Fado).
Entre 2001 e 2004 foi professor do Gabinete de Ensaios para Intérpretes de Fado, na Escola de Guitarra
Portuguesa do Museu do Fado.
Fontes de Informação:
Dados biográficos fornecidos pelo fadista;
Programa do espectáculo “Um Porto de Fado” (2001), Lisboa, HM Música;
Programa do espectáculo “Les Larmes de Lisbonne” (1996), Abbaye-aus-Dames, 8 de Julho.
Museu do Fado - Entrevista realizada em 8 de Julho/2006.
Última actualização: Junho/2006
Intérprete: Fernando Farinha
Letra: Fernando Farinha
Intérprete: Ricardo Ribeiro
Letra: Fernando Farinha
DISCO Nº 10558 DO REGISTO 7492 DA EMISSORA NACIONAL!
Esta gravação data de 1963, foi efectuada nos Estúdios Valentim de Carvalho, em Paço d’Arcos, e pertence à Banda 1 da Face A do disco EP de 45 R.P.M. editado pela “Parlophone” com a matriz de disco “LMEP 1162”, a matriz de fonograma “7TCEF 462” e o nome “Fernando Farinha – Conjunto de Guitarras de Raul Nery”. Conforme o nome indica, o célebre cantador, então Rei da Rádio, acompanhado pelo referido conjunto, constituído por Raul Nery, Fontes Rocha, Júlio Gomes e Joel Pina, interpreta 4 fados do seu reportório, que são o “Velho Friagem”, “Não, Isso Não!”, “Recordar Para Quê?” e este “Destino Marcado” que escutamos aqui. Trata-se do “Fado Menor”, mais uma vez cantado por Fernando Farinha, com a poesia escrita pelo próprio intérprete, para o filme autobiográfico “O Miúdo da Bica”, realizado por Constantino Esteves, e protagonizado por Leónia Mendes, que tem na fita um dos seus mais emblemáticos momentos de representação.
Trata-se duma das mais bem-sucedidas interpretações do eterno Miúdo da Bica, que obteve uma popularidade bem merecida, devido às transmissões radiofónicas regulares na Emissora Nacional, onde este disco foi catalogado com o nº 10558 do registo 7492. Celebrizado anos mais tarde pela voz poderosa de Ricardo Ribeiro, esta interpretação do Fado Menor, do qual espero que gostem, foi reeditada em CD na compilação “Um Século de Fado – Fernando Farinha” de José Pracana, lançada pela Ediclube e pela “EMI-Valentim de Carvalho” em 1999.
Guitarra: Fontes Rocha
Viola: Joaquim do Vale
Baixo: Joel Pina
Intérprete: António Rocha
Letra: Conde de Sobral
Guitarra: Carlos Gonçalves
Viola: Manuel Martins
Baixo: Joel Pina
Intérprete: Natalino Duarte e Isabel de Oliveira
Letra: Joaquim Florentino Muñoz
Guitarra: Raúl Nery
Viola: Júlio Gomes
Intérprete: Pedro de Bragança
Letra: Pedro de Bragança
Intérprete: Max
Letra: Aníbal Nazaré
Guitarras: Francisco Carvalhinho e Carlos Menezes
Viola: António Carvalhinho
Baixo: Raúl Silva
Intérprete: Filipe Pinto
Letra: ?
Intérprete: António Rocha
Letra: João Linhares Barbosa
Intérprete: Fernando Farinha
Letra: Mário Raínho
Esta gravação data de 1960, foi efectuada no Teatro Taborda, na Costa do Castelo, em Lisboa, e pertence a um disco editado pela “Valentim de Carvalho”, possivelmente pela “Columbia”, em que o cantador Filipe Pinto, acompanhado à guitarra por Carvalhinho, e à viola por Martinho d’Assunção, interpreta quatro fados do seu reportório, naquele que foi o seu mais disco bem-sucedido da sua carreira. Este é o clássico “Fado Menor”, de origem popular, que já dispensa apresentações, aqui interpretado por Filipe Pinto, com a poesia “Minha Mãe Foi Cigarreira”, um poema cujos autores desconhecem-se completamente, mas onde Filipe Pinto faz uma homenagem á sua mãe, que tinha a profissão de “cigarreira”, ou seja, uma mulher que fazia cigarros, empacotava-os, e trabalhava no comércio de tabaco, numa época em que o cigarro marcava a posição de alguém na Sociedade. Este fado de Filipe Pinto, como todos os outros, foi um êxito esmagador!!! Alvo de transmissões radiofónicas quase diárias nos programas de “Fados” apresentados por D. João da Câmara, pai de Vicente da Câmara, e transmitidos às 22h40 de Domingo, no Programa A da Emissora Nacional, em 655 kc/s, e em mais programas de fados e música portuguesa do Rádio Clube e da Renascença, entre outros, esta é considerada pelos peritos como uma das melhores interpretações do “Fado Menor”. No entanto, o Museu do Fado considera que isto é a interpretação do “Fado Meia Noite Estilo Filipe Pinto”, teoria com a qual discordo completamente, pois o “Fado Meia-Noite” e o “Fado Menor”, apesar de terem semelhanças, tem uma diferença no que respeita à sua tonalidade e melodia. Posso não saber muito de música, mas ainda tenho ouvido para certas coisas. Mas, no entanto, e para surpresa de tudo e todos, os puristas consideram uma interpretação do “Fado Meia Noite” por Filipe Pinto, no Teatro Tivoli, como sendo uma interpretação do “Fado Menor”. Mas é uma opinião pessoal, e como afirma o velho ditado, Jesus que era Jesus não agradou a todos. Este registo foi retirado do CD “Biografias do Fado”, compilação editada pela “EMI-Valentim de Carvalho” em 1994, que reúne em dois CD’s a história da Canção Nacional, e integrada nas comemorações da Capital Europeia da Cultura de 1994, que foi a cidade de Lisboa, nesse ano.
Intérprete: Carlos Ramos
Letra: Frederico de Brito e Hermano Sobral
Intérprete: Gil Costa
Letra: Armando Costa
DISCO Nº 2313 DA EMISSORA NACIONAL!
Esta gravação data de 1961, foi efectuada nos Estúdios Valentim de Carvalho, em Paço d’Arcos, e pertence à Banda 2 da Face A do disco EP de 45 R.P.M. editado pela “Columbia” com a matriz de disco “SLEM 2067”, a matriz de fonograma “7TCP 190” e o nome “Fado é Saudade – Carlos Ramos”.
Neste disco, o célebre Carlos Ramos, acompanhado pela Guitarra Portuguesa do virtuoso Jaime Santos, e pela Guitarra Clássica de Martinho d’Assunção, interpreta os fados “Como Ela Canta”, “Ai de Quem Sofre Chorando”, “Um Fado para Ti” e “Fado é Saudade”.
Aqui, Carlos Ramos dá o melhor de si a cantar o “Fado Menor”, com poesia escrita em parceria entre Joaquim Frederico de Brito e Hermano Sobral, nomeada pela editora como “Ai de Quem Sofre Chorando”, e que é considerado como um dos melhores “perfomances” de sempre do clássico “Fado Menor”, e muito difundido na Emissora Nacional, onde o disco foi catalogado com o nº 2313, foi reeditado em CD por duas vezes: a 1ª em 1993, na compilação “O Melhor de Carlos Ramos – Vol. 2”, e a 2ª em 1998, na compilação “Biografias do Fado – Carlos Ramos”, ambas da parceria “EMI-Valentim de Carvalho”. Espero que gostem.
Intérprete: Fernando Farinha
Letra: Linhares Barbosa
Intérprete: Maria Emília
Letra: Vasco de Lima Couto
DISCO Nº 9261 DO REGISTO 5961 DA EMISSORA NACIONAL
Esta gravação data de 1962, foi efectuada nos Estúdios Valentim de Carvalho, em Paço d’Arcos, e pertence à Banda 2 da Face A do disco EP de 45 R.P.M. editado pela marca "Parlophone", etiqueta "Valentim de Carvalho", matriz de disco “LMEP 1115”, matriz de fonograma “7TCEF 373”, nome "Fernando Farinha - Casinha dum Pobre”.
Neste disco, Raúl Nery e o Seu Conjunto de Guitarras, gentilmente cedido pela Emissora Nacional, e constituído por Raúl Nery, Fontes Rocha, Júlio Gomes e Joel Pina, acompanha o cantador Fernando Farinha na interpretação de quatro fados do seu reportório, que são a “Casinha dum Pobre”, “Sei Lá se É Verdade”, “Evocação” e “A Vida”, o tema que escutamos aqui, numa das melhores “perfomances” de sempre do Fado Menor.
Trata-se de um poema de João Linhares Barbosa, que custou a Fernando Farinha a módica quantia de 30 escudos (uma moeda de dez e uma nota de Santo António), aqui interpretado pelo cantor, na melodia do “Fado Menor”, arranjado por Fernando Tavares Farinha.
Inicialmente gravado em 1952 num disco de 78 rotações da “His Master’s Voice”, os primeiros versos alcançaram um êxito enorme, e tornaram-se num clássico do cancioneiro poético português.
"A vida, o que vale a vida?
Cante a vida quem souber
Que eu trago a vida perdida
Na vida de uma mulher"
Inicialmente gravado em 1952 num disco de 78 rotações da “His Master’s Voice”, foi um grande êxito radiofónico na carreira de Fernando Farinha, merecendo destaque a Emissora Nacional, onde este disco foi catalogado com o nº 9261 do registo 5961.
Trata-se de um dos mais célebres poemas de Linhares Barbosa, que chegou a ser cantada pela Maior Voz do Teatro de Revista, Fernanda Baptista, com o nome "A Vida, O Que Vale a Vida?", no estilo do “Fado Menor do Porto”, e com o mote seguinte:
"A vida, o que vale a vida?
Que a cante quem a achar boa
Que eu trago a vida perdida
Na vida de uma pessoa."
Esta gravação de Fernando Farinha foi extraída de um CD editado em 1999 pela "EMI-Valentim de Carvalho" e pela "Ediclube", intitulado "Fernando Farinha - Um Século de Fado", pertencente a uma das mais célebres colecções de discos da Canção Nacional, e que inclui êxitos como “Destino Marcado”, “Menina do Rés-do-Chão”, etc.
Esta gravação data de 1930, foi efectuada em Madrid, Espanha, e pertence à Face A do disco de 78 R.P.M. editado pela marca "Odeon" com a matriz “A 187 201”, em que a cantadeira Ercília Costa, acompanhada à guitarra por Armandinho, e à viola por Georgino, interpreta dois fados do seu reportório, que são “O Meu Filho” e “Fado Sem Pernas”.
Este é um dos mais conhecidos da carreira de Ercília Costa, de seu título "O Meu Filho", uma poesia de Henrique Rego, com o sinónimo de "Testemunho de Amor", que fala da história de uma mãe que adora o seu filho e não o trocará por nada deste Mundo, e interpretada pela Santa do Fado na melodia do "Fado Menor", um dos Fados Tradicionais mais bem adequados a versos deste modelo.
Esta gravação foi um grande sucesso da carreira de Ercília Costa, e foi transmitida em tudo quanto foi rádios portuguesas, principalmente durante os primeiros tempos do Rádio Clube Português e da Emissora Nacional. Décadas mais tarde, em 1960, a cantadeira Isabel de Oliveira reinterpretou esta canção com o nome de "Testemunho de Amor", pelo qual também é conhecido, sendo a interpretação de Isabel de Oliveira seguida no estilo do “Fado de Évora”, num registo efectuado no emblemático disco que foi "O Chaile de Minha Mãe", cuja faixa da "Carmencita" foi mandada proibir pela Emissora Nacional. Reeditada em todas as compilações dedicadas à Santa do Fado, nos nossos dias, esta canção é uma referência para todos os fadistas de Portugal e um dos maiores sucessos de Ercília Costa.
Intérprete: Ercília Costa
Letra: Henrique Rêgo
Guitarra: Raúl Nery
Viola: Júlio Gomes
Baixo: Joel Pina
Intérprete: António Mourão
Letra: Raúl Nery
Intérprete: Alfredo Marceneiro e Alfredo Duarte Júnior
Letra: Henrique Rêgo e Linhares Barbosa
Esta gravação data de 1930, foi efectuada em Madrid, Espanha, e pertence à Face A do disco de 78 R.P.M. editado pela marca "Odeon" com a matriz “A 187 201”, em que a cantadeira Ercília Costa, acompanhada à guitarra por Armandinho, e à viola por Georgino, interpreta dois fados do seu reportório, que são “O Meu Filho” e “Fado Sem Pernas”.
Este é um dos mais conhecidos da carreira de Ercília Costa, de seu título "O Meu Filho", uma poesia de Henrique Rego, com o sinónimo de "Testemunho de Amor", que fala da história de uma mãe que adora o seu filho e não o trocará por nada deste Mundo, e interpretada pela Santa do Fado na melodia do "Fado Menor", um dos Fados Tradicionais mais bem adequados a versos deste modelo.
Esta gravação foi um grande sucesso da carreira de Ercília Costa, e foi transmitida em tudo quanto foi rádios portuguesas, principalmente durante os primeiros tempos do Rádio Clube Português e da Emissora Nacional. Décadas mais tarde, em 1960, a cantadeira Isabel de Oliveira reinterpretou esta canção com o nome de "Testemunho de Amor", pelo qual também é conhecido, sendo a interpretação de Isabel de Oliveira seguida no estilo do “Fado de Évora”, num registo efectuado no emblemático disco que foi "O Chaile de Minha Mãe", cuja faixa da "Carmencita" foi mandada proibir pela Emissora Nacional. Reeditada em todas as compilações dedicadas à Santa do Fado, nos nossos dias, esta canção é uma referência para todos os fadistas de Portugal e um dos maiores sucessos de Ercília Costa.