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Fado Macau

Falsidade
Letra:             António Calém

Música:          Adriano S. Roiz Baptista ?

Intérprete:      Miguel Sanches

E ao abrigo de que lei

Te quis e te quero assim

Diz-me tu que eu já não sei

Porque hás-de cantar em mim   (bis)

Qual o porquê, a razão

Que és só tu e mais ninguém

Diz-me tu meu coração

Que me conheces tão bem   (bis)

Não ter outro fim na vida

Do que tu seres o meu fim

Nem outra rosa florida

Aberta no meu jardim   (bis)

Porque será na verdade

A dor que sobre mim pesa

Ser só de ti a saudade

Ser só de mim a tristeza   (bis)

Intérprete:   Miguel Sanches

Título:         Falsidade

 

Autor da Letra:        António Calém 
Autor da Música:     Jaime Santos

                                (ou Adriano Roiz)

 

Guitarra Portuguesa:    José Fontes Rocha

Viola de Fado:              Pedro Leal

Viola-baixo:                  Joel Pina

 

Data da 1ª edição:  1978

Editora: "Arnaldo Trindade"

Ref. Orfeu SPAT 4012

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Fado Macau
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Fado Macau

Composto pelo violista  Adriano S. Roiz Baptista. É também atribuído a Jaime Santos

o autor do Fado Macau!

Investigando, a gente/agente encontra, não é?

Vem este "recado" a propósito de ter eu encontrado, em dois livros de referência,

uma indicação de autoria que, desde logo, me pareceu suspeita; num, era referido

como autor Adriano Baptista(?) ou Jaime Santos, no outro, Adriano Roiz Baptista...

Não andaram longe, não, mas as imprecisões são inaceitáveis e sempre

de palmatória em "livros de referência" e denotam uma imensa falta de respeito

pelos leitores... até mesmo porque são erros que, geralmente, se eternizam no

tempo e ganham foro de verdade, impedindo depois, por vezes, a reposição da

verdade verdadeira...

Pequena biografia do autor:

​                                                                                                                                             Jaime Santos

                                                                                                                                                  

​​Jaime Tiago dos Santos, de seu verdadeiro nome Tiago dos Santos, nasceu em

Lisboa,na freguesia de Santa Engrácia, em 01 de Junho de 1909, tendo falecido

também em Lisboa, em 04 de Julho de 1982. Descendente de uma família com

tradições fadistas e vocação musical  ( o seu avô materno, de nome Manuel dos

Santos “O jardineiro” , tocava guitarra e cantava Fado e, um seu tio, consta que

era um excelente cantador ).

Ainda muito jovem, com cinco ou seis anos apenas, pegou numa velha guitarra,

e em acção espontânea, dedilhou as cordas do instrumento que o tornaria famoso.

Aos 12 anos, inicia-se no trabalho como aprendiz de marceneiro, altura em que

já  tocava viola, bandolim e violino. Porém, seria a viola o instrumento que, mais

o entusiasmou, e ao qual se dedicou no inicio da sua carreira de instrumentista, na qual acompanhou, entre outros, os guitarristas Bento Camacho, Fernando de Freitas, Gonçalves Dias e José Marques (Piscalarete). Um pouco às escondidas, começou a aprender a tocar guitarra! Consta, que o grande empurrão é dado pelo já referido Bento Camacho, que durante uma visita de Jaime Santos a sua casa, e como aquele se demorasse a preparar para irem trabalhar, apanha Jaime Santos a tocar a sua guitarra! Logo aí, e embora não consiga que ele largue a viola, Bento Camacho desafia-o a tocar guitarra, tarefa em que recebe a preciosa ajuda do violista Georgino de Sousa.

Casou com Ofélia, uma das filhas de Georgino de Sousa, violista de Armandinho, tendo sido este quem o incentivou a trocar a viola pela guitarra e o lançou como guitarrista, integrando-o no seu conjunto de guitarras e violas (1937/1938).

É também Georgino de Sousa, que fez com que ele passasse a ser conhecido como Jaime Santos, correspondendo à vontade que Tiago exprimia frequentemente de gostar de se chamar Jaime em vez de Tiago.

Nos dois anos seguintes, junta-se com o violista Miguel Ramos, actuando no Café Luso, na Avenida da Liberdade, em Lisboa.

No ano seguinte, O Retiro da Severa, onde já actuava Armandinho, contrata Jaime Santos! Logo aí se gerou uma tentativa de criar uma rivalidade entre eles! O empresário José Jorge Soreano, promove um confronto público entre os dois com honras de publicidade nos jornais! O tiro saiu-lhes pela culatra, pois ambos rejeitaram a proposta e ambos se despediram da casa onde deveria ter lugar o referido confronto, o Retiro da Severa, tendo saído de braço dado! Assim nasceu uma enorme e sólida amizade.

Em 1944, integra o Conjunto Português de Guitarras, de Martinho d' Assunção, de que também faziam parte, além deste, António Couto e Alberto Correia; em 1945 esses mesmos elementos, decidem formar o Conjunto Típico de Guitarras.

Acompanhou Amália Rodrigues ( período que com algumas interrupções, se prolongou até 1955 ), tendo participado com ela em inúmeros espectáculos quer em Portugal quer no estrangeiro, nomeadamente em Espanha, França, Estados Unidos e México.

Participou no filme “Fado - História Duma Cantadeira” (1947) e ainda nas curtas-metragens de Augusto Fraga sobre temas de fados, filmadas no mesmo ano; em 1954, tem uma intervenção no filme “Les Amants du Tage” na companhia de Santos Moreira.

Fez digressões pelos antigos territórios portugueses da África e pela República da África do Sul, acompanhando Alberto Ribeiro.

Em 1960, com o violista Américo Silva, acompanhou à Holanda a artista Clara de Ovar e, em 1961, foi para Paris durante um ano, actuar na casa típica “O Fado”, de que Clara de Ovar era proprietária.

A partir de 1963, como bom marceneiro, começou a construir e a tocar os seus próprios instrumentos.

Autor das músicas de considerável número de fados ( com letras de diferentes poetas), das quais apresentaremos exemplos, Jaime Santos compôs também diversas variações,

Jaime Santos, foi dos guitarristas que nos deixou um vasto espólio da sua arte, nas imensas gravações fonográficas que nos deixou, sendo o “inventor” das "unhas postiças" , como alternativa às unhas naturais, por questões de resistência e sonoridade, tornando-se numa característica indispensável a todos os guitarristas, até aos dias de hoje.

Fonte de informação:

http://www.portaldofado.net/content/view/866/327/

Última actualização:  Abril/2009

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Se Acaso Um Anjo Viesse
00:00 / 01:38

Intérprete: Ana Moura

Letra: Aldina Duarte

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