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Fado da Azenha
Fado da Azenha
00:00 / 03:56
Edited Image 2013-3-23-0:59:22

Sou Companheira do Vento
Letra:            Américo Patela
Música:        Joaquim  Frederico de Brito
Intérprete:    Fernanda Maria
 

Sou companheira do vento

Sigo com ele o destino

Pelo caminho do nada

Não há quem saiba de mim

A não ser a semelhança

Da sombra mais apagada   (bis)

 

Na tristeza do meu pranto

O vento chora comigo

Para não chorar sozinha

E longe da multidão

Esse pranto não tem voz

Só a terra o adivinha   (bis)

 

Nada no mundo me prende

Sou companheira do vento

E deixá-lo, não consigo

Na distância sou feliz

Não oiço a voz da maldade

E a paz anda comigo   (bis)

Intérprete:    Fernanda Maria

Título:          Sou Companheira do Vento

 

Autor da Letra:      Américo Patela
Autor da Música:  J
oaquim  Frederico de Brito

Guitarra Portuguesa:   Jaime Santos e

                                     Armandino Maia

Viola de Fado:              António Proença e

                                     José Maria Carvalho

Viola-baixo:                  José Vilela

 

Data da 1ª edição:  1972

Editora: "Rádio Triunfo"

Ref. Alvorada EP - S - 60 1396

Outras versões do mesmo Fado

Azenha Velhinha
00:00 / 03:15

Intérprete: Natalina Bizarro

Letra: Frederico de Brito

Azenha Velhinha
00:00 / 03:27

Intérprete: Maria Alice

Letra: Frederico de Brito

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Fado da Azenha

É um dos casos em que é coincidem o autor da música e da letra, adoptando o Fado esta designação por causa da letra nele cantada. Composto para o repertório de Victor Manuel, este Fado viria a ser consagrado na voz de Lucília do Carmo. O poema de Joaquim Frederico de Brito é, como disse um dia David Mourão Ferreira, "...uma pérola da poesia popular".

 

A primeira sextilha:   

                                                                                       

Aquela azenha velhinha                                                                        

Na margem da ribeirinha                                               

que por vales serpenteia                                               

foi testemunha impassível                                              

Da tragédia mais horrível                                               

Que houvera na minha aldeia                                         

E a última sextilha:

Mas, ai, a ponte quebrou-se

 E o moleiro como fosse

 Na cheia da ribeirinha

Levou o filho consigo

E nunca mais moeu trigo

Naquela azenha velhinha

  

​Pequena biografia do autor:

                                                                                                                                             Frederico de Brito

Joaquim Frederico de Brito, nasceu em Carnaxide ( Oeiras ), em 25 de Setembro

de 1894, tendo falecido em Lisboa, em Março de 1977.

Cantador, compositor e poeta, era conhecido no meio do Fado com o diminutivo

de “Britinho” e também poeta-chauffer, alcunha que lhe atribuíram porque durante

muitos anos foi motorista de táxi, depois de ter sido estocador durante alguns

anos; no entanto, vem a reformar-se como empregado da companhia petrolífera

Atlantic, onde entrou, quando deixou de conduzir táxis!

Aos 8 anos, leu o livro de Avelino de Sousa, “Lira do Fado”, que o levou a escrever

versos, que o seu irmão mais velho, João de Brito, cantava em festas de amadores.

É um facto adquirido, que durante a sua vida, escreveu mais de um milhar de letras

e compôs várias centenas de músicas.

Participou na opereta "História do Fado", de Avelino de Sousa, com Alfredo Marceneiro e outros, cantando versos de sua autoria.

Em 1931, edita um livro de sua autoria, “Musa ao Volante”, compilação de todos os versos que até aí tinha escrito.

Para além de grande poeta, foi também um extraordinário compositor!

Assim, são de sua autoria, ( letra e música ), "Biografia do Fado", ( criação de Carlos Ramos ); "Fado do Cauteleiro"( criação de Estêvão Amarante ); "Janela virada para o mar" ( criação de Tristão da Silva ); "Não digam ao Fado...!" ( criações de Carlos do Carmo e Beatriz da Conceição ) e "Canoas do Tejo"( tema popularizado pela criação de Carlos do Carmo e, mais tarde, também cantado por Max, Beatriz da Conceição, Francisco José, Tony de Matos e muitos outros ).

O "Fado Carmencita", na voz de Amália Rodrigues, foi também um dos seus sucessos, tal como foram “Troca de olhares”, “Rapaz do camarão", “Casinha dum Pobre” e Fado Corridinho ( ambos com música de Martinho d' Assunção ), “Fado Britinho”; “Fados dos Sonhos” e o celebérrimo “Fado da Azenha”, que David Mourão- Ferreira, considerou das melhores criações da poesia popular portuguesa!

Vários compositores, entre eles Raul Ferrão, Raul Portela, Jaime Mendes e Alves Coelho ( filho ) escreveram músicas para letras de Joaquim Frederico de Brito.

As revistas ”Anima-te Zé” ( Teatro Maria Vitória, 1934 ), “Salsifré” ( Teatro Apolo, 1936 ), “Bocage” ( Eden Teatro, 1937 ), “Chuva de Mulheres” ( Eden Teatro, 1938 ), “Sol e Dó” ( Teatro Variedades, 1939 ) e “Haja saúde!”, com a qual se inaugurou o Teatro ABC, integraram várias composições de sua autoria.

Era muito estimado nos meios fadistas ( o carinhoso diminutivo “Britinho”, reflectia aliás essa generalizada simpatia ).

Poeta popular, que manteve os padrões do Fado tradicional, sem “lamechas retrógradas”, sem terminologia de exagerado lirismo, seduzindo assim compositores de nomeada, já acima referidos, que compõem para as suas letras, de cunho bem fadista, e que foram cantadas no teatro, por fadistas e cançonetistas da época.

Joaquim Frederico de Brito, deixou-nos um valioso espólio, que continua a ser interpretado por inúmeros artistas, recebendo do grande público, enorme aceitação e agrado!



Fonte de informação:



http://lisboanoguiness.blogs.sapo.pt/96690.html





Última actualização:  Dezembro/2009

À Espera do Teu Amor
00:00 / 04:01

Guitarra:   Sidónio Pereira

Viola:        João Penedo

Intérprete: Maurício Cordeiro

Letra: Frederico de Brito

Azenha Velhinha
00:00 / 02:51

Guitarra:   Armando Augusto Salgado Freire (Armandinho)

Viola:        Georgino de Sousa

Intérprete: Berta Cardoso

Letra: Frederico de Brito

As Três Normas
00:00 / 02:36

Intérprete: Carlos do Carmo

Letra: Carlos Conde

Azenha Velhinha
00:00 / 03:54

Intérprete: Lucília do Carmo

Letra: Frederico de Brito

Esta gravação data de 1960 e pertence à Banda 1 da Face A do disco EP de 45 R.P.M. editado pela marca "Decca", etiqueta "Valentim de Carvalho", intitulado "Lucília do Carmo - Uma Noite no Faia", em que a fadista Lucília do Carmo, mãe de Carlos do Carmo, acompanhada à guitarra por Jaime Santos, e à viola por Martinho d'Assunção, interpreta quatro fados, que são "Manjerico", "A História do Nosso Fado", "Desespero" e este clássico da cantadeira Maria Alice, que se intitula originalmente "A Azenha", mas que foi rebaptizada com o nome de "Naquela Azenha Velhinha"; um fado da autoria de Frederico de Brito.

 

Trata-se de um dos mais importantes sucessos de Lucília do Carmo, oferecido pela própria Berta Cardoso às suas mãos, e trata-se de uma das canções mais bonitas da nossa história.

A primeira vez que eu ouvi esta gravação, foi nas emissões da Rádio Voz de Lisboa, estação da Emissora Católica Portuguesa, que agora é ocupada pela Rádio Sim, que ainda hoje passa com frequência esta gravação.

Senhoras e senhores, eis mais uma canção de Lucília do Carmo, que tenho a honra de partilhar convosco neste momento.

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