Fados Tradicionais
Fado José António 6ª
Lembras-te da nossa rua
Letra: António Calém
Música: José António Sabrosa
Intérprete: Maria Teresa de Noronha
Lembras-te da nossa rua
Que hoje é minha e já foi tua
Talhada para nós dois
Foi aberta p’la amizade
Construída com saudade
P’ro amor morar depois (bis)
Mas um dia, tu partiste
E um vento frio e triste
Varreu toda a Primavera
E agora vem o Outono
E as folhas ao abandono
Morreram à tua espera (bis)
Certas noites, o luar
Traça o caminho no mar
Para chegares até mim
Mas é tão longa a viagem
Que só te vejo em miragem
Num sonho que não tem fim (bis)
Intérprete: Maria Teresa de Noronha
Título: Fado José António
Autor da Letra: António Calém
Autor da Música: José António Sabrosa
Guitarra Portuguesa: Fernando Pinto Coelho
Viola de Fado: Alberto Gameiro Lima
Data da 1ª edição: 1952
Editora: "Rádio Triunfo"
Ref. 78 RPM Melodia 15.09
Outras versões do mesmo Fado
Fado José António 6ª
Composto pelo guitarrista José António Guimarães Serôdio (Conde de Sabrosa). Foi casado com Maria Teresa de Noronha. Deste Fado existem duas versões: uma em quadras, outra em sextilhas.
Conde de Sabrosa é um título nobiliárquico, criado por El-Rei D. Carlos I de Portugal, por Decreto de 15 de Novembro de 1900, em favor de José Gonçalves Guimarães Serôdio.
Titulares:
-
José Gonçalves Guimarães Serôdio, 1.º Conde de Sabrosa.
Após a Implantação da República Portuguesa, e com o fim do sistema nobiliárquico, usaram o título:
-
João Davidson Guimarães Serôdio, 2.º Conde de Sabrosa;
-
José António Barbosa Guimarães Serôdio, 3.º Conde de Sabrosa;
-
Martim Guimarães Serôdio Ricciardi, 4.º Conde de Sabrosa.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Conde_de_Sabrosa
Pequena biografia do autor:
José António Sabrosa
José António Barbosa Guimarães Serôdio, de seu nome de registo, nasceu em 1915 no
seio de uma família aristocrata.
Sobre a composição de José António Sabrosa, Nuno Siqueira, que também é poeta e
guitarrista, afirmou que o músico "conseguia fazer uma mistura de tons maiores e tons
menores, e de harmonias, com um resultado lindíssimo".
José António Sabrosa "é um nome muito relevante na composição musical do fado,
perfeitamente amador, acho mesmo que nunca ganhou um centavo com o fado, mas
notável", salientou Nuno Siqueira,
José António Barbosa Guimarães Serôdio, de seu nome de registo, ficou conhecido como
José António Sabrosa, por ter sido o 3.º conde de Sabrosa, um título criado em 1900,
pelo rei D. Carlos.
É autor de vários Fados, entre eles, Fado José António em quadras, Fado José António em sextilhas, Fado Velho,
Fado da Defesa, Fado Tia Dolores, Fado Sabrosa, Fado da Portagem, entre outros...
José António Sabrosa casou com Maria Teresa de Noronha em 1947, em Lisboa, e
morreu em 1987, na sua residência em S. Pedro de Penaferrim, em Sintra. Várias das
suas melodias continuam hoje a ser gravadas por diferentes fadistas e guitarristas.
Fonte de informação:
http://www.portaldofado.net/content/view/4188/379/lang,pt/
Intérprete: Cândida da Conceição
Letra: Raúl Dias
Intérprete: Amália Rodrigues
Letra: Vasco de Lima Couto
Intérprete: Marta de Sousa
Letra: Vasco de Lima Couto
Intérprete: Teresa Siqueira
Letra: Vasco de Lima Couto
(Amália Rodrigues celebrizou este Fado (em sextilhas) cantando nele um magnífico poema de Vasco de Lima Couto)
Disse-te adeus e morri
E o cais vazio de ti
Aceitou novas marés
Gritos de búzios perdidos
Roubaram aos meus sentidos
A gaivota que tu és
Gaivota de asas paradas
Que não sente as madrugadas
E acorda à noite, a chorar
Gaivota que faz um ninho
Porque perdeu o caminho
Onde aprendeu a voar
Preso no ventre do mar
O meu triste respirar
Sofre a invenção das horas
Pois na ausência que deixaste
Meu amor, como ficaste
Meu amor, como demoras (bis)