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Fado da Idanha

Na Crista Daquela Onda
Letra:               Carlos José Teixeira
Música:            Ricardo Borges de Sousa
Intérprete:        Ada de Castro

 

O meu amor prometeu-me

Vir numa onda do mar   (bis)

Eu fui a correr à praia

Ver o meu amor chegar

Eu fui a correr à praia

Meu amor por aqui a passar

Passei a tarde inteirinha

A ver as ondas do mar   (bis)

Naquela praia sozinha

Até os olhos cansar

Naquela praia sozinha

Na esperança de te encontrar

E já o sol se escondia

Para além das ondas do mar   (bis)

Na crista daquela onda

Visse o meu amor chegar

Na crista daquela onda

Passei a adorar o mar

Ajoelhei e pedi

A Deus para abençoar   (bis)

Na crista daquela onda

Todas as ondas do mar

Na crista daquela onda

De espuma branca a brilhar

Intérprete:    Ada de Castro

Título:          Na Crista Daquela Onda

 

Autor da Letra:     Carlos José Teixeira
Autor da Música:  Ricardo Bo
rges de Sousa

Guitarra Portuguesa:    António Chainho e

                                     Carlos Gonçalves

Viola de Fado:              José Maria Nóbrega

Viola-baixo:                  José Maria Nóbrega

 

Data da 1ª edição:  1968

Editora: "Rádio Triunfo"

Ref. Alvorada EP 60 - 1000

Fado da Idanha
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Fado da Idanha

 

Composto pelo guitarrista Ricardo Borges de Sousa (1860 - 1930)

 

Pequena biografia da intérprete:

                                                                                                                                              Ada de Castro
Ada Antunes Pereira nasceu a 13 Agosto de 1937 na freguesia do Castelo o que

a levou a adoptar o nome artístico de Ada de Castro, sinónimo do seu bairro de berço.

O seu percurso artístico começou quando se tornou actriz amadora no Grupo da

Juventude Operária Católica. Nos palcos do teatro Ada de Castro cantava e

interpretava os números de Hermínia Silva, que era para si a “referência e fadista

preferida”.

Num ensaio de uma destas revistas amadoras, a locutora Julieta Fernandes ao

ouvi-la cantar surpreendeu-se com a sua voz e convidou-a para actuar num programa

da Rádio Graça. Seguiram-se 20 dias de actuação na Nau Catrineta e a formalização

do pedido de carteira profissional.

A 13 de Março de 1960 Ada de Castro fez a sua estreia como fadista profissional no

restaurante Faia, casa típica onde permaneceu durante ano e meio. Desta forma, deixou de cantar os fados de Hermínia e passou a escolher o seu próprio repertório. Conta a própria Ada de Castro que foi

“o Ti Alfredo, foi ele que me deu a primeira letra e me ensinou a cantar o meu primeiro fado castiço, o Fado Tango.”

Apesar da profissionalização ser uma decisão difícil para Ada de Castro, por a sua família não concordar que cantasse Fado, no universo fadista recebeu o maior apoio e chegou mesmo a ter duas madrinhas artísticas – Hermínia Silva e Maria José da Guia, as quais, em diferentes ocasiões, colocaram sobre os seus ombros o simbólico xaile fadista.

Ada de Castro não actuou em muitas casas de Fado, depois do Faia fez uma breve passagem pela casa de Carlos Ramos, A Toca, e, em substituição da fadista Fernanda Peres, estabeleceu-se no restaurante Folclore ao longo de 12 anos, entre 1961 e 1973. Posteriormente fez também parte do elenco do Sr. Vinho durante 12 anos.                                                                                                       

Após a sua estreia profissional, Ada de Castro prestou provas na Emissora Nacional e passou a integrar a programação em directo, dos serões para trabalhadores, bem como a dos chamados programas de cabine, onde as actuações eram previamente gravadas. Foi também através da Emissora Nacional que gravou o seu primeiro disco, em 1961.

Com a editora Alvorada trabalhou durante 7 ou 8 anos, depois passou pela Valentim de Carvalho, Philips, Estúdio, Movieplay e Ovação. Ada de Castro gravou, ainda, um disco na Holanda, editado pela Polydor naquele país.

Na sua vasta discografia incluem-se 25 LP´s, 80 singles e EP´s, reedições em CD e participações em várias colectâneas. Dos seus inúmeros sucessos destacam-se temas como "Rosa Caída", "Cigano", "Gosto de tudo o que é teu" ou "Deste-me um cravo encarnado". Ada de Castro foi também uma das mais carismáticas madrinhas das Marchas Populares dos principais bairros de Lisboa e, naturalmente, no seu repertório encontram-se interpretações de temas das Marchas Populares. O seu repertório está disponível em mais de 500 faixas gravadas, entre fados, marchas e fado-canção.

Numa breve passagem pelos palcos do teatro de revista, a convite de Milton e de Eduardo Damas, estreou-se no Teatro Maria Vitória, na peça "Tudo à Mostra" (1966), onde cantou os temas "Na Hora da Despedida" e "Fado da Guerra". Ao longo das décadas de 1960, 70 e 80, para além de ser presença nos elencos das casas de Fado de Lisboa, Ada de Castro conciliou essas actuações com outras apresentações, nomeadamente no Mercado da Primavera (depois chamado Mercado 25 de Abril), onde actuava num restaurante e num barco; ou noutros restaurantes, como a Varanda do Chanceler e a Varandinha; chegando a cantar 4 ou 5 vezes numa noite. Nos meses de Abril A Setembro a fadista integrava, ainda, a programação “Alfama à Noite”, organizada pelo SNI, onde cantava dois fados na escadaria da Igreja de Santo Estêvão e depois fazia nova actuação no coreto do Largo da Palmeira. Fez estas actuações durante 5 anos.

Ada de Castro apresentou-se com regularidade em programas televisivos, nos casinos e salas de espectáculos espalhadas pelo país e, internacionalmente, efectuou inúmeras deslocações em representação de Portugal, através do SNI (Secretariado de Informação Nacional), bem como actuações junto das diversas comunidades portuguesas.
Acrescente-se que a fadista actuou profissionalmente, em espectáculos ao vivo e programas de televisão, em países como: Espanha, Austrália, Dinamarca, Suécia, Bélgica, Holanda, Japão, China, França, Itália, Argentina, Uruguai, Estados Unidos, Canadá e toda a antiga África portuguesa. No Mónaco fez uma actuação para a família do príncipe Rainier nos jardins do Palácio Grimaldi. Em 1968, fez uma tournée de mais de 5 meses por todos os Estados brasileiros, a convite do governo daquele país.

Congratula-se por ter conhecido, convivido e cantado com os melhores fadistas, das chamadas décadas áureas do Fado, época de "grandes fadistas e excelentes repertórios". Ada de Castro menciona Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Manuel de Almeida, Tristão da Silva, Fernanda Maria, Maria José da Guia, sem esquecer aquela que denomina sua fonte de inspiração: Hermínia Silva. Também o acompanhamento é digno de nota, uma vez que foi acompanhada por nomes conceituados como António Chainho, José Maria Nóbrega, José Fontes Rocha ou Pedro Caldeira Cabral.

 

Para Ada de Castro “O Fado não é aquilo que se canta, o Fado está na garganta de quem o canta porque se eu quiser cantar uma canção, ela sai sempre Fado”. Essa sua forma característica e individualizada de interpretação resultou na atribuição de prémios como o de "Melhor Fadista da Quinzena" (1962), por votação do público para o programa da RTP “Eleitos da Quinzena”; o "Óscar para Melhor Fadista do ano" (1967), atribuído pela Casa da Imprensa ou o de "Melhor Fadista do Ano" (1982), pela Revista Nova Gente. Foram-lhe também entregues pelo Rádio Clube Português vários “Elefantes de Ouro” e um “Microfone de Prata”. Ada de Castro classificou-se em 10º lugar no "Disco de Ouro" e, por duas vezes, em 9º lugar no "Concurso Rainha da Rádio e da Televisão".

 


Fontes de informação:

Museu do Fado - Entrevista realizada em 09 de Setembro/2006.
http://www.museudofado.pt/personalidades/detalhes.php?id=254

 

Última actualização: Dezembro/2008.

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Outras versões do mesmo Fado

Gosto da Minha Casinha
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Intérprete: Amália Rodrigues

Letra: Linhares Barbosa

Fado da da Idanha
00:00 / 02:19

Intérprete: Maria Teresa de Noronha

Letra: ?

Fado da Idanha
00:00 / 02:34

Guitarra:   Paulo Parreira

Viola:         João Mário Veiga

Baixo.        Joel Pina

Intérprete: Manuela Cavaco

Letra: ?

Assim, Assim
00:00 / 02:56

Guitarra:   Jaime Santos

Viola:         Francisco Perez Andion (Paquito)

Intérprete: Maria Pereira

Letra: Lurdes Gonçalves

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