

Fados Tradicionais


introdução
Fado Alexandrino do Marceneiro
Biografia













G D7 C Sol maior Ré 7 Dó maior
Nota: A versão cantada deste Fado está na tonalidade Fá #. A versão Karaoke está em Sol. Os acordes apresentados são na tonalidade Sol.
Alexandrino (Eu Lembro-me de Ti)
Letra: Linhares Barbosa
Música: Alfredo Rodrigo Duarte (Marceneiro)
Intérprete: Alfredo Marceneiro
Eu lembro-me de ti, chamavas-te saudade
Vivias num moinho, ao cimo dum outeiro
Tamanquinha no pé, lenço posto à vontade
Nesse tempo eras tu, a filha dum moleiro (bis)
Eu lembro-me de ti, passavas para a fonte
Pousando num quadril, o cântaro de barro
Imitavas em graça, a cotovia insonte
E mugias o gado, até encheres o tarro
Eu lembro-me de ti, que às vezes a farinha
Vestia-te de branco, e parecias então
Uma virgem gentil, que fosse à capelinha
Num dia de manhã, fazer a comunhão
Eu lembro-me de ti, e fico-me aturdido
Ao ver-te pela rua, em gargalhadas francas
Pretendo confundir, a pele do teu vestido
Com a sedosa lã, das ovelhinhas brancas
Eu lembro-me de ti, ao ver-te num casino
Descarada a fumar, luxuoso cigarro
Fecho os olhos e vejo, o teu busto franzino
Com o avental da cor, e o cântaro de barro
Eu lembro-me de ti, quando no torvelinho
Da dança sensual, passas louca rolando
Eu sonho eu fantasio, e vejo o teu moinho
Que bailava também, ao vento, assobiando
Eu lembro-me de ti, e fico-me a cismar
Que o nome de Lucy, que tens, não é verdade
Que saudades eu tenho, e leio no teu olhar
A saudade que tens, de quando eras saudade
